O JOVEM QUE A TV ESCONDE

A mídia não mostra o real perfil do jovem Brasileiro 

Um olhar mais atento poderia mostrar 
o jovem comprometido com seu País, 
bem diferente dos que aparecem todos 
os dias em Malhação ou similares 

POR LAURINDO LALO LEAL FILHO 
NA REVISTA DO BRASIL

Cerca de quatro mil jovens circulam pelo campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na manhã de um belo sábado de verão. Festival de risos, músicas, mochilas e colchonetes. 


Estão ali para participar do 14º Coneb, o Conselho Nacional de Entidades de Base da União Nacional de Estudantes (UNE). Havia gente que levou dois ou três dias para chegar ao Recife, como os que saíram do interior do Amapá, usando barcos e ônibus como meios de transporte. 

Durante três dias vão discutir os rumos da educação brasileira e, de quebra, a luta pela democratização da mídia. Nada mais pertinente e necessário. O próprio encontro é o melhor exemplo dessa necessidade, praticamente ignorado pelos grandes meios de comunicação. 

Para que o telespectador possa comparar os programas e escolher os que lhe interessam é fundamental que televisões públicas e privadas estejam lado a lado, com um “zap” apenas entre elas. E que as públicas sejam várias, dando conta da grandeza territorial do Pais e de sua diversidade cultural. Não são tantas as emissoras comerciais mostrando praticamente a mesma coisa? Então deveremos ter muitas públicas mostrando as nossas múltiplas realidades. 

Só assim será possível cobrir ao vivo, com competência e detalhamento, um evento como o da UNE realizado no Recife. Dessa forma, o estereótipo do jovem consumista e alienado será, no mínimo, relativizado. 

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- PENSAR A CIDADE É PRIMORDIAL -


Prefeituras têm que convocar Conferências das Cidades

Os prefeitos que realmente
se preocupam com
suas cidades já estão   
organizando o evento

DA ASS. SEN. INÁCIO ARRUDA

A 5ª Conferência Nacional das Cidades acontece de 20 a 24 de novembro desde ano em Brasília (DF), mas a preparação para o evento começa bem antes. Até 22 de fevereiro, as prefeituras devem convocar a etapa municipal e realizar suas respectivas conferências, no período de 1º de março a 1º de junho. Esta etapa define os delegados municipais e precede a eleição dos delegados estaduais na Conferência Estadual, que representarão os 27 estados no evento nacional.

A Conferência, este ano, tratará da Reforma Urbana com foco principal no debate sobre a implementação do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), que integrará, consolidará e definirá os papéis dos entes federados, (Governo Federal, Estadual e Municipal) no que tange as políticas de Moradia digna, Mobilidade, Saneamento e Planejamento Urbano.

As Conferências municipais, estaduais e a nacional permitem conhecer as realidades locais, estaduais e regionais e propicia a articulação nacional de diversos segmentos da sociedade civil.


A Conferência das Cidades é resultado da consolidação do processo que se iniciou na constituição de 1988, com a inclusão dos artigos 182 e 183. Estes artigos foram regulamentados pelo Estatuto da Cidade, cuja  autoria   do senador Inácio Arruda            (PCdoB-CE), e são fundamentais para o avanço nas questões urbanas.

A partir de um amplo debate, ainda na Câmara dos Deputados, como presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Inácio realizou a Conferencia da Cidade, evento que reuniu entidades e parlamentares na discussão da cidade e das questões urbanas.

Hoje, as discussões sobre urbanidade acontecem no âmbito do poder executivo, sob organização do Ministério das Cidades, e do legislativo, sendo realizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.

A Conferência Nacional da Cidade faz parte da gestão pública que teve um grande empenho em construir uma nova relação entre o Estado e a sociedade civil organizada. A aplicação do Estatuto da Cidade, aprimorado por Inácio Arruda, permitiu a criação e implementação de canais que assegurem a consulta e a participação popular na discussão e definição da agenda prioritária do país.

As políticas públicas são formuladas através do diálogo com a sociedade, possibilitando mediações democráticas que fortalecem e incentivam a participação e o controle social, que são elementos fundamentais para construção de propostas de resoluções, programas, projetos e implementação de políticas públicas de desenvolvimento urbano.

- BENTO XVI: CRISE E EXAUSTÃO CONSERVADORA -


Por detrás da renúncia do Papa há algo mais

Nas poucas vezes em que um papa
renunciou as razões foram Dinheiro,
poder e sabotagens. Corrupção,
espionagem, escândalos sexuais

POR SAUL LEBLON

A presença ostensiva desses ingredientes de filme B no noticiário do Vaticano ganhou notável regularidade nos últimos tempos.

A frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da Santa Sé.

Desta vez, mais que nunca, a fumaça que anunciará o 'habemus papam' refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre grupos radicais de direita na alta burocracia católica.

Mais que as razões de saúde, existiriam razões de Estado que teriam levado Bento XVI a anunciar a renúncia de seu papado, nesta 2ª feira.

A verdade é que a direita formada pelos grupos 'Opus Dei' (de forte presença em fileiras do tucanato paulista), 'Legionários' e 'Comunhão e Libertação' (este último ligado ao berlusconismo) já havia precipitado fim do seu papado nos bastidores do Vaticano.

Sua desistência oficializa a entrega de um comando de que já não dispunha.

Devorado pelos grupos que inicialmente tentou vocalizar e controlar, Bento XVI jogou a toalha.

O gesto evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de escrutinar democraticamente suas divergências. E cada vez mais afunilada pela disputa de poder entre cepas direitistas, cuja real distinção resume-se ao calibre das armas disponíveis na guerra de posições.

Ironicamente, Ratzinger foi a expressão brilhante e implacável dessa engrenagem comprometida.

Quadro ecumênico da teologia, inicialmente um simpatizante das elaborações reformistas de pensadores como Hans Küng (leia seu perfil elaborado por José Luís Fiori, nesta pág.), Joseph Ratzinger escolheu o corrimão da direita para galgar os degraus do poder interno no Vaticano.

Estabeleceu-se entre o intelectual promissor e a beligerância conservadora uma endogamia de propósito específico: exterminar as ideias marxistas dentro do catolicismo.

Em meados dos anos 70/80 ele consolidaria essa comunhão emprestando seu vigor intelectual para se transformar em uma espécie de Joseph McCarty da fé.

Foi assim que exerceu o comando da temível Congregação para a Doutrina da Fé.

À frente desse sucedâneo da Santa Inquisição, Ratzinger foi diretamente responsável pelo desmonte da Teologia da Libertação.

O teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos intelectuais mais prestigiados desse grupo, dentro e fora da igreja, esteve entre as suas presas.

Advertido, punido e desautorizado, seus textos foram interditados e proscritos. Por ordem direta do futuro papa.

Antes de assumir o cargo supremo da hierarquia, Ratzinger 'entregou o serviço' cobrado pelo conservadorismo.

Tornou-se mais uma peça da alavanca movida por gigantescas massas de forças que decretariam a supremacia dos livres mercados nos anos 80; a derrota do Estado do Bem Estar Social; o fim do comunismo e a ascensão dos governos neoliberais em todo o planeta.

Não bastava conquistar Estados, capturar bancos centrais, agências reguladoras e mercados financeiros.

Era necessário colonizar corações e mentes para a nova era.

Sob a inspiração de Ratzinger, seu antecessor João Paulo II liquidou a rede de dioceses progressistas no Brasil, por exemplo.

As pastorais católicas de forte presença no movimento de massas foram emasculadas em sua agenda 'profana'. A capilaridade das comunidades eclesiais de base da igreja foi tangida de volta ao catecismo convencional.

Ratzinger recebeu o Anel do Pescador em 2005, no apogeu do ciclo histórico que ajudou a implantar.

Durou pouco.

Três anos depois, em setembro de 2008, o fastígio das finanças e do conservadorismo sofreria um abalo do qual não mais se recuperou.

Avulta desde então a imensa máquina de desumanidade que o Vaticano ajudou a lubrificar neste ciclo (como já havia feito em outros também).

Fome, exclusão social, desolação juvenil não são mais ecos de um mundo distante. Formam a realidade cotidiana no quintal do Vaticano, em uma Europa conflagrada e para a qual a Igreja Católica não tem nada a dizer.

Sua tentativa de dar uma dimensão terrena ao credo conservador perdeu aderência em todos os sentidos com o agigantamento de uma crise social esmagadora.

O intelectual da ortodoxia termina seu ciclo deixando como legado um catolicismo apequenado; um imenso poder autodestrutivo embutido no canibalismo das falanges adversárias dentro da direita católica. E uma legião de almas penadas a migrar de um catolicismo etéreo para outras profissões de fé não menos conservadoras, mas legitimadas em seu pragmatismo pela eutanásia da espiritualidade social irradiada do Vaticano.

- A FARSA DO MENSALÃO SERÁ JULGADA –

Envolvidos levarão denúncias à corte Interamericana 

No artigo a seguir é revelado a
forma inquisicional que foi realizado
o julgamento dos envolvidos
na denúncia do mensalão

POR JOSÉ DIRCEU



Muitas vezes somos questionados porque queremos a anulação da AP 470. 

Neste texto, vou expor o meu ponto de vista, quanto ao que assisti e tenho debatido desde a CPMI de 2005, até o julgamento no ano passado. 


A CPMI foi criada com base em denúncia de Roberto Jefferson de que havia um suposto esquema de compra de votos por parte do PT para aprovar reformas estruturais necessárias ao nosso país. Ele mentiu e foi cassado porque não havia prova alguma das ilegalidades apontadas por ele. 

Aí começou a grande injustiça, nosso companheiro José Dirceu foi cassado sem provas e condenado sem julgamento. 

Olhando para o que aconteceu naquele momento em que o projeto neoliberal estava em risco e os avanços sociais que estavam em curso eram um problema que eles tinham que resolver imediatamente. 

Colocando em prática o que era de sua vontade desde o dia que Lula ganhou a eleição e tomou posse. 

Tentar de todas as maneiras o Impeachment de Lula, o que não foi possível, porque José Dirceu não deixaria que esse risco, atrapalhasse os avanços conquistados. 

COMO ENTÃO ELES SE VINGARIAM DO PT? 

Naquela altura eles entendiam que José Dirceu era o homem forte do Governo e o provável sucessor de Lula e depois de uma reeleição que eles tinham certeza que iria acontecer, como de fato ocorreu, Lula elegeria seu sucessor como o fez, com Dilma. 

Os neoliberais estavam vendo em José Dirceu uma ameaça ao seu projeto e isso eles não poderiam deixar. Então houve toda essa trama porque o PT e José Dirceu clamavam por reformas estruturais no Brasil, como a reforma política, previdenciária, do judiciário, tributária e muitas outras de importância vital para o país. 

De José Dirceu partiu a ideia de criar o Ministério das cidades para acabar com as práticas oligárquicas secularmente arraigadas na vida social brasileira. 



Implantou a redistribuição das verbas publicitárias concentradas em 499 veículos de comunicação que passou para 6.000, sendo que a Rede Globo recebia 80% da verba e passou a ter apenas 16% do total. Acabou com a farra da Fundação Roberto Marinho e Grupo Abril, que publicavam os livros didáticos dando assim, oportunidade a todas as editoras de mostrarem as suas publicações didáticas. 

Quando Ministro da Casa Civil, José Dirceu fechou as torneiras do BNDES para aquelas empresas que pegavam empréstimos contumazes para pagamento de suas dívidas fazendo do BNDES um grande hospital de empresas falidas e financiador de privatizações que são primordiais para os neoliberais, o órgão voltou-se o que é de sua competência, emprestar dinheiro fomentar o desenvolvimento, beneficiando as empresas que sempre foram relegadas a segundo plano pelos governos anteriores. Esses foram os grandes crimes que José Dirceu cometeu! Foi mudar as velhas e puídas práticas politicas quem sempre deixaram de lado função social que um governo realmente democrático tem que ter como foco. 

Enfim, José Dirceu viabilizou o Governo Lula! 

Então passemos ao julgamento e os erros cometidos pelo STF que apontamos desde o início. 

A PRIMEIRA QUESTÃO QUE NOS SALTA AOS OLHOS É: 

Um Magistrado que preside a investigação pode participar ou relatar um processo? 

Não é falar nominalmente em um ministro ou processo específico, é demonstrar que não é ético para qualquer juiz que presida uma investigação, venha depois, julgá-la. 

Ao Juiz, cabe prestar a tutela necessária com isenção absoluta de propósitos, conduzindo de forma imparcial o processo. O professor Cândido Dinamarco muito bem elucida esse questionamento: "que se legitime a imperatividade dos atos e decisões estatais no exercício da jurisdição, o primeiro requisito é a condição imparcial do juiz, o qual deve ser estranho à pretensão, ao litígio e aos litigantes". 

Então o art. 230 do Regimento Interno do STF permite ao Juiz que preside a investigação conduzir o julgamento desse mesmo processo. Esse artigo, além de ser arcaico está em descordo com a Jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos diz:" quem preside a investigação não pode participar depois do processo, porque aí cumpre dois papéis. Um é o de investigador. E outro de juiz. E isso não pode. O juiz tem de ser imparcial; juiz não pode ter vínculos com as provas antes do julgamento.". 

Essa foi a primeira garantia constitucional a ser quebrada, pois, ignorou-se o art. 95 parágrafo único da Constituição Federal. A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. E esse direito foi negado aos nossos companheiros, julgados por um STF totalmente parcial, que levou em conta pressões externas, os interesses midiáticos comerciais e por fim o projeto neoliberal da direita. Todos são iguais perante a lei, nos garante a Constituição, mas, apenas por meio de um juiz imparcial, aqui no caso, vários juízes compõe o STF, é que o processo se torna um instrumento, não meramente técnico, mas também ético para a solução dos conflitos interindividuais. 

O Direito Internacional Público coloca entre as garantias mais sagradas do homem, o direito ao juiz imparcial. E isso nos foi negado! 

O Brasil é signatário da Corte Interamericana de Direitos Humanos, situada em San Jose da Costa Rica, e não foi coagido a assinar tal documento, mas, uma vez assinado, tem o dever de cumprir. O STF rasgou, pisoteou e dançou em cima não só da Constituição Federal, mas, também da Jurisprudência da Corte Interamericana. E o Brasil vai ser julgado por isso. Se o próprio Brasil não anular esse julgamento, a Corte Interamericana o fará como fez no caso da Colômbia. 

Outra questão importantíssima foi quando das alegações finas, o Ministério Público disse não haver provas para condenação e no tocante a José Dirceu, mas, em seu pedido final disse: "Que o réu seja condenado para que sirva de exemplo à nação.". Em que democracia no mundo uma coisa dessas é aceitável? Em nenhuma! 

A partir daí, foi uma sucessão de aberrações jurídicas, que mesmo numa justiça desacreditada como a nossa, jamais aconteceu. 

Iniciaram um julgamento sem precedentes na história do Brasil, de tão vergonhoso. Um processo não se julga por partes e sim como um todo. As provas tem que estar interligadas e muito bem postas para que não paire dúvidas sobre quaisquer pontos do processo. Essa inovação jurídica chamada fatiamento do processo só existiu para a condenação dos nossos companheiros e podem crer, não haverá nunca mais um fatiamento de processo na história jurídica do nosso país. Ela foi criada tão somente para que o Ministro Joaquim Barbosa e seus colegas pudessem ter eco na mídia comercial sensacionalista e nos apedeutas jurídicos que os seguem, elogiando a condução do processo com o mesmo discurso cheio de frases feitas para massificar e alienar quem os ouve. Foi uma briga de egos sem precedentes esse julgamento, que a história julgará como a maior vergonha do STF desde a entrega de Olga Benario aos nazistas. 

Quanto ao uso de dinheiro público, restou claro, que a VISANET é uma sociedade privada onde todos os bancos da bandeira VISA, a compõe. O dinheiro da verba publicitária para todos os bancos, públicos e privados, advêm de recursos oriundos do uso de cada portador de cartão cartão de crédito, quando faz uma com esse, envia diretamente ao fundo VISANET uma porcentagem do que gastou para propaganda dos bancos que fazem parte desse fundo. Então, para sermos bem explícitos, o dinheiro sai da máquina diretamente para o fundo VISANET, não obtendo esse quaisquer forma de dinheiro público. Para enquadrar o Diretor de Marketing Henrique Pizzolato no crime de peculato e corrupção passiva era preciso primeiro que se comprovasse o uso de dinheiro público. Se não há dinheiro público não há peculato, nem corrupção passiva e muito menos crime. 

A situação seguinte é a de que o PT teria tomado empréstimos e que estes não tinham a provisão necessária para pagamento. Mentira! Os empréstimos foram todos quitados. O contrato foi realizado entre o partido e banco privado e o segundo demostrou que esses empréstimos foram totalmente quitados. 

Há a admissão de os empréstimos foram tomados para pagamentos de dívidas de campanha e que não foram contabilizados. Isso no Brasil é reconhecido com Caixa 2 de campanha, usado por diversos partidos. Esse foi o erro, a contabilização posterior desse empréstimo e o repasse aos outros partidos sem a devida prestação de contas no TSE. Todos os julgadores erraram feio nessa questão, sem exceção! Caixa dois não é passível de julgamento pelo STF e sim pelo TSE! E o crime eleitoral já está prescrito. 

Nossos companheiros foram julgados na Inquisição do século XXI, o Ministro Joaquim Barbosa é um déspota, que carrega consigo a mídia que serve de preposto para o projeto neoliberal, que por sua vez, desde o seu nascedouro, na escolinha de Chicago, demonstra do desprezo pelo cumprimento da Constituição. 

Como bem disse o Professor Pedro Estevam Serrano, em um debate: "o Supremo não é insuscetível de críticas no plano jurídico. Para mim a decisão da maioria foi equivocada em relação à constituição. A decisão do Supremo implica na revogação do parágrafo segundo da CF. O Supremo está autorizado a interpretar e não revogar com um dispositivo. Na minha interpretação ele está revogando em parte". 

Estamos aqui para julgar esse julgamento midiático-jurídico-político e esse texto eu fiz para que não esqueçamos o que esteve e está em jogo nessa questão tão difícil para nós. Temos que mostrar ao país e ao mundo que não somos alienados, que sabemos como e porque o STF condenou nossos companheiros e lembrar a todos que se o Brasil não anular o julgamento, a Corte Interamericana de Direitos Humanos o fará, e aí caberá ao Supremo que cumprir a determinação da Corte. 

Repetindo, a Jurisprudência da Corte é clara: A Jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos diz: quem preside a investigação não pode participar depois do processo, porque aí cumpre dois papéis. Um é o de investigador. E outro de juiz. E isso não pode. O juiz tem de ser imparcial; juiz não pode ter vínculos com as provas antes do julgamento. 

OU O BRASIL/STF ANULA ESSE JULGAMENTO OU A CORTE INTERAMERICANA O FARÁ!

- A MÍDIA BRASILEIRA SÓ VÊ UM LADO -

Imprensa brasileira não é democrática 

A imprensa tradicional brasileira,
a velha mídia, não é democrática,
de qualquer ponto
de vista que seja analisada

POR EMIR SADER
NO SÍTIO CARTA MAIOR





Antes de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem, assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada, esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao fim. 

Não é democrática porque não contém espaços para distintos pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem para confirmar a regra. 

Não é democrática porque expressa o ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula, elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa a opinião e os interesses da minoria do país. 

Não é democrática, porque não se ancora em empresas públicas, mas em empresas privadas, que vivem do lucro. Assim, busca retorno econômico, o que faz com que dependa, essencialmente, não dos eventuais leitores, ouvintes ou telespectadores, mas das agências de publicidade e das grandes empresas que ocupam os enormes espaços publicitários. 

São empresas que buscam rentabilidade para sobreviver. Que não se interessam por ter mais público, mas público “qualificado”, isto é, o de maior poder aquisitivo, para mostrar às agências de publicidade que devem anunciar aí. São financiadas, assim, pelas grandes empresas privadas, com quem têm o rabo preso, contra cujos interesses não vão atuar, o que seria dar um tiro no próprio pé. 

Não bastasse tudo isso, as grandes empresas da mídia privada são empresas de propriedade familiar. Marinho, Civita, Frias, Mesquita – são não apenas os proprietários, mas seus familiares ocupam os postos decisivos dentro de cada empresa. Não há nenhuma forma de democracia no funcionamento da imprensa privada - são oligarquias, que escolhem entre seus membros os seus sucessores. Nem sequer pro forma há formas de rotatividade. Os membros das famílias ficam dirigindo a empresa até se aposentarem ou morrerem, e designam o filho para sucedê-los. 

Tampouco há democracia, nem sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos – pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da direção. 

Uma mídia que quer classificar quem – partidos, governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica das suas redações. 

Como resultado, não é estranho que essa mídia tenha estado ferreamente contra os mais populares e os mais importantes dirigentes políticos do Brasil – Getúlio e Lula. Não por acaso estiveram contra a Revolução de 30 e a favor do movimento contrarrevolucionário de 1932 e o golpe de 1964, que instalou a mais a sangrenta ditadura da nossa história. 

Coerentemente, apoiaram os governos de Fernando Collor e de FHC, e se erigiram em direção da oposição aos governos do Lula e da Dilma. 

Em suma, a velha imprensa brasileira não é democrática, é um resquício sobrevivente do passado oligárquico do Brasil, que começa a ser superado por governos a que – obviamente – essa imprensa se opõem frontalmente. 

A democratização do país começou pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa. 

País democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.

-A ELITE BRASILEIRA QUER FECHAR O CONGRESSO-

O que está por trás da campanha contra Renan Calheiros? 

A corrupção no Brasil é endêmica, 
mas ao invés da mídia fazer uma campanha 
honesta por moralização a intenção é arrancar 
o poder daqueles que incomodam a elite 

WALQUER CARNEIRO 

A campanha midiática contra o presidente do senado e da câmara é uma vergonha. Pois o que se vê é a total falta de força política da oposição ao PT e aliados. Então os TUCANOS e DEMOS, que não tendo mais influência e força política própria, usa o seu último recurso que é a mídia corporativa que representa os desejos da casa grande. 

Quando foi que a mídia se envolveu em uma campanha para revelar à todo Brasil quem são os verdadeiros corruptores desta nação? Porque é que a mídia só mostra os mal feitos de políticos do PT e aliados? Será que é somente no PSDB, no Democratas, PPS e PSol é que existem pessoas honestas? 

Estes dois senhores, Renan Calheiros e Henrique Alves, não são melhores e nem piores dos que restante dos parlamentares das duas casas. E mais, estes dois senhores serviram e foram considerados bons e aceitos para compor o quadro de apoio político do PSDB no governo FHC, será que só agora é que eles resolveram cometer erros? Ou será que não interessa à casa grande que esses senhores apoiem ao PT e garanta sustentação ao governo Dilma? Cujo projeto de governo, para citar um exemplo, incluiu, nos últimos dez anos, mais de 20 milhões de pessoas no ensino superior, sendo que destes foram mais de 15 milhões pessoas das classes sociais mais baixas, todavia a grande mídia corporativa não divulga fatos como esses. ( Clique aqui para ler detalhes )

Temos que fazer um movimento pela moralização e imparcialidade dos grandes meios de comunicação do Brasil que acham que têm o direito de ir contra a vontade do povo cujos votos levaram estes senhores aos cargos que ocupam agora. 

Criticar e mostrar erros é uma coisa, agora querer interferir no processo político democrático não é papel dos meios de comunicação. 

A mídia corporativa está tentando demonizar o congresso como fizeram em 64, quando foi dado o golpe militar, justamente porque essa elite escravagista e reacionária viu, na época, que através do voto ela nunca mais voltaria comandar e desmandar no Brasil, e para retomar o poder chamaram os militares para essa aventura que levou o Brasil a 27 anos de ditadura. 

Todavia , ao contrário do que tenta mostrar a Globo e a Veja, hoje, a economia Brasileira está sob controle e o Governo Dilma está cuidando bem da área social, o povão está se sentindo amparado, e é isso o que incomoda a elite escravagista brasileira que já foi representada no governo central do Brasil por FHC e os Tucanos do PSDB, mas não coseguiram garantir a soberania para o povo. 

Mas se a economia vai bem e as políticas sociais estão surtindo efeito isso não agrada aos representantes da casa grande que não suportam ver o pobre com mais dinheiro, indo para a universidade, calçando bons sapatos e vestindo boas roupas, e isso acontece porque o governo do PT e aliados está distribuindo melhor a renda, (não ainda da forma que seria ideal), mas essa renda redistribuída não surge do nada, como mágica, ela sai do bolso daquela minoria que a séculos vem se apropriando das riquezas do país em detrimento da maioria. 

É isso que mais incomoda a elite que ainda vive na casa grande e que são os verdadeiros corruptores da nação. São esses que estão levando avante essa campanha de desmoralização do Senador Renan Calheiros e do Deputado Henrique Alves. Agora esses que querem a cabeça dos parlamentares não tem coragem de apontar quem é que os substituiriam em seus cargos. 

Em resumo, o que a mídia quer é desmoralizar o congresso, atingir a Dilma e o PT para que o STF declare a institucionalidade do sistema e determine o fechamento do congresso e depois cassar o mandato do presidente do Brasil para que o STF decida que um representante da casa grande assuma a vaga. Pois através do voto livre e democrático os representantes da casa grande nunca mais voltam ao poder.

# SINTEPP DEFENDE PESSOAL DE APOIO #

Direitos de vigias, serventes, merendeiras e digitadores 

Sindicato exige que o prefeito
cumpra acordo firmado e
registrado em ata em 2012, se
não cumprir poderá haver greve

WALQUER CARNEIRO



O salário dos trabalhadores em educação pública municipal de Dom Eliseu referente ao mês de dezembro de 2012, até que em fim foi pago, todavia ainda há a expectativa do pagamento do salário referente ao mês de janeiro, cuja data limite para que a secretaria municipal de educação deposite na conta do trabalhador é o dia 5. Mas mesmo assim o Sintepp - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará - em Dom Eliseu está decidido a continuar o movimento em prol da decretação da paralisação da categoria porque a prefeitura municipal de Dom Eliseu não cumpriu com acordos firmados com o sindicato em 2012.

No alto o plenário lotado e acima os sindicalistas do Sintepp que estão coordenando o movimento de reivindicação  dos direitos trabalhista do pessoal de apoio

Nesta quinta-feira (7) o Sintepp reuniu mais de 150 filiados, no auditório de câmara de vereadores, para mais uma assembleia onde foi debatida uma pauta com assuntos variados e firmadas decisões coletivas levando em conta que existem pendências relativas a direitos legais garantidos aos servidores públicos municipais que estão sendo negados para a categoria. Pois desde 2012 o Sintepp vem negociando acordos com a administração municipal onde o secretário de educação até já assinou compromissos mas não os cumpre, mesmo esses direitos estando explicito no PCCR - Plano de Cargos, Carreira e Remuneração -. 

Depois de mais de duas horas de conversas a assembleia decidiu, entre outros pontos, que é necessário que a secretaria municipal de educação efetive o enquadramento dos servidores que constituem o pessoal de apoio, grupo formado por digitadores, zeladores, merendeiras e vigias. O sindicalista e vereador Pedro Mesquita, coordenador do Sintepp, explicou que o enquadramento é um processo de inclusão do servidor público no PCCR, e hoje essas categorias de trabalhadores não são beneficiados pelas regras do PCCR. “Com o enquadramento o servidor passa a ter uma carreira com ajuste salarial periódico de acordo com o plano de cargos e carreira”, elucidou Pedro contando também que o Sindicato está exigindo que a secretaria municipal de educação providencie, também, a remuneração sobre trabalhos insalubres e de periculosidade ao pessoal de apoio. 

De acordo com Pedro outro ponto ainda não cumprido pelo secretário de Educação é a efetivação da hora atividade, um direito legal negado aos professores de Dom Eliseu. Todos os professores têm direito a receber por 200 horas aula, que é o tempo que o educador passa dentro da sala de aula ministrando para o aluno e hoje o professore não recebe pelo trabalho que é feito fora da escola. “O professor trabalha 200 horas com o aluno na sala de aula, a parte extra do trabalho dele, com planejamento das aulas, elaboração e correção de provas ele tem que fazer num outro horário”, disse o coordenador esclarecendo que este trabalho extra classe não está sendo remunerado. 

A assembleia geral aconteceu justamente para que a plenária decidisse sobre a importância dos assuntos em pauta que serão postos mais uma vez na mesa de negociação diante do secretário Roque Rodrigues Filho e do Prefeito Joaquim Nogueira para que eles agilizem a solução, que se não forem efetivadas a categoria irá deliberar em assembleia, a partir do dia 14, a possibilidade de decretar, mais uma vez, greve geral no setor da educação municipal que desde o dia 2 está em estado de greve na expectativa da resolução dos problemas apresentado. 

“Quem vai decidir se continua ou não o movimento são os trabalhadores em assembleia, mas nós esperamos o bom senso do governo municipal, que a partir de agora receba a comissão não apenas para dar desculpas, mas para apresentar uma proposta definitiva no sentido de resolver esses problemas”, considerou Pedro afirmando que se até o dia 14 for apresentada a solução o movimento será suspenso.

REFLEXÕES DE UM CRISTÃO

  Eu sou cristão, de modo que no meu proceder, em meio a sociedade plural, me esforço para pautar meu comportamento de acordo com o que Jesu...