INCRA PROIBIDO DE CRIAR ASSENTAMENTOS

Assentamentos no Pará precisarão de licenciamento

O Incra está obrigado a apresentar em 30 dias
um plano de trabalho para a conclusão
dos cadastros ambientais rurais e licenciamentos
ambientais de todos os assentamentos no Pará

FONTE - DIÁRIO DO PARÁ ON LINE


O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está proibido de criar assentamentos no Pará sem que tenham sido atendidas as exigências da legislação ambiental. Por decisão da Justiça Federal, os assentamentos só poderão ser instalados se tiverem licenciamento ambiental e estiverem inscritos no cadastro ambiental rural. A decisão foi assinada pelo juiz Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara Federal em Belém.


O processo judicial foi aberto a partir de iniciativa do Ministério Público Federal (MPF), que, em julho deste ano, entrou com ações na Justiça Federal em seis Estados - Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima - apontando o Incra como responsável por um terço do "desflorestamento na Amazônia, o que torna a autarquia a maior responsável pelo desmatamento ilegal da região".

A Justiça também obrigou o Incra a interromper imediatamente qualquer derrubada de florestas em andamento nos projetos de assentamento e obrigou a autarquia a apresentar todo mês imagens de satélite que comprovem a interrupção do desmatamento. O Incra terá de apresentar, em 90 dias, um plano de recuperação de todas as áreas degradadas indicadas na ação do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA).

O Incra está obrigado a apresentar em 30 dias um plano de trabalho para a conclusão dos cadastros ambientais rurais e licenciamentos ambientais de todos os assentamentos no Pará. Em caso de descumprimento da decisão, o Instituto será multado em R$ 10 mil por dia. Outra obrigatoriedade é a de fazer a averbação da reserva legal e apresentar informações detalhadas à Justiça sobre a localização de todos os assentamentos já implantados no Pará.

O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, autor da ação ajuizada pelo MPF/PA, comenta que a decisão da Justiça "é uma vitória da reforma agrária de qualidade no Estado, da reforma agrária que gera o desenvolvimento sustentável no campo porque é feita de acordo com a legislação e, portanto, cumpre um papel fundamental de geração de renda e cidadania".

Na ação, o MPF/PA argumenta que os procedimentos irregulares adotados pelo Incra na criação e instalação dos assentamentos "vêm promovendo a destruição da fauna, flora, recursos hídricos e patrimônio genético, provocando danos irreversíveis ao bioma da Amazônia". Os procuradores lembram que, historicamente, a criação de gado em áreas particulares era o principal motor do desmatamento, mas passados dois anos da assinatura dos acordos ligados à campanha Carne Legal, iniciados no Pará, as derrubadas em assentamentos estão ficando mais preocupantes. Segundo ele, em 2004, os assentamentos representavam 18% do desmatamento na Amazônia e em 2010 a participação atingiu 31,1%.

Na ação, o MPF/PA citou dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) que mostram que, até 2010, o Incra foi responsável por 133.644 quilômetros quadrados de desmatamento dentro dos 2.163 projetos de assentamento que existem na região amazônica. "Essa área corresponde a 20 anos de desmatamento, se mantido o ritmo atual, de cerca de 6 mil quilômetros quadrados por ano. O prejuízo econômico é calculado em R$ 38, 5 bilhões", dizem os procuradores.

As outras cinco ações apresentadas à Justiça Federal pelo MPF contra o desmatamento provocado pelo Incra na Amazônia, apenas a ajuizada no Amazonas também já foi julgada. "Ao contrário do que ocorreu no Pará, no Amazonas a Justiça Federal negou o pedido do MPF de decisão liminar (urgente)", diz o MPF/PA. (AE)

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CONSUMISMO INFANTIL

Consumismo afeta crianças brasileiras

Para preencher vazios existenciais 
motivado por frustrações aumenta 
a ânsia consumista por   influências 
de propaganda na televisão 

FONTE - AGÊNCIA BRASIL


São Paulo – No Dia da Criança, os três filhos da dentista Márcia Armonia, 39 anos, sabem exatamente os presentes que querem ganhar. “Eles viram os brinquedos em comerciais da televisão, vou comprar por causa do dia”, disse a mãe.


O problema, conta ela, é que os pequenos certamente brincarão pouco e logo abandonarão o brinquedo. “Isso já aconteceu um milhões de vezes. Eu brigo, mas acho que não faz efeito. Eles sempre querem mais, querem a próxima novidade”.

Segundo a doutora em antropologia e conselheira da Aliança pela Infância, Adriana Friedmann, sinais como esses apontam para uma situação cada vez mais enfrentada pelos pais: o consumismo infantil. De acordo com ela, quando uma criança deseja muito um produto vendido pela mídia, está respondendo a uma ilusão estimulada pela publicidade.



Ela cria uma fantasia. A questão é que logo ela abandona aquele brinquedo porque a necessidade real dela é outra, que é mais um buraco emocional que tem ser preenchido, e só o pai e a mãe podem preencher.”


De acordo com Friedmann, a criança que é acometida pelo consumismo infantil torna-se angustiada, dispõe de pouca paciência para enfrentar situações que envolvam frustração e quer que as coisas se resolvam rapidamente. “Tudo tem que ser para já. Parece um pouco como uma droga. E quando ela ganha o presente, há um alívio momentâneo, mas depois ela quer de novo [outro produto]. Parece um pouco com uma droga.”

Em alguns casos, o consumismo infantil pode desencadear até mesmo doenças, como alergias, depressão, agressividade, hiperatividade, ansiedade, além de febre e irregularidades no sono. “As crianças estão vivendo uma infância muito angustiante, isso é muito sério, as consequências são enormes. Temos que olhar muito profundamente para essa questão”, disse Friedmann.

A avó e professora, Mariane Nogueira, 60 anos, prefere fazer ela mesma os presentes dos três netos. “Eu costuro, gosto mais de presentear com coisas mais significativas que brinquedos. Mas é difícil lutar contra a televisão, que é muito mais forte”, disse. Rendida, a avó foi a um shopping center em busca do brinquedo que um dos netos viu em um comercial de televisão.

Para estudar casos de abuso por parte da mídia, o Instituto Alana, organização não-governamental que avalia a publicidade infantil, fez uma parceira com a Universidade Federal do Espírito Santo para formação de um centro de pesquisa, que vai monitorar 15 canais de televisão abertos e fechados.

Segundo Mônica Xavier, assessora de mobilização do Alana, o trabalho começou no ano passado e se estenderá até o final de 2013. Durante os três anos de pesquisa, o monitoramento vai focar os comerciais veiculados nos dias que antecedem a Páscoa, o Dia da Criança e Natal, que serão comparados com as veiculações durante uma semana aleatória.

O objetivo é analisar o nível de assédio disparado pela publicidade contra as crianças. “O Código de Defesa do Consumidor, a Constituição e a Estatuto da Criança e do Adolescente deixam claro que não se pode falar com quem não tem capacidade de discernimento”.

A pesquisa, continuou a assessora, ajudará a embasar a aprovação do Projeto de Lei 5.921, que pretende proibir a publicidade para a venda de produtos infantis.


INTERFERÊNCIA DO LIVRE ARBÍTRIO


No livre arbítrio traçamos nosso destino

O nosso destino é pré traçado pelo Eterno de Dias
que nos  dá o direito ao livre arbítrio, todavia
o livre arbítrio do outro interfere no nosso
destino e tudo com a permissão de Deus

WALQUER CARNEIRO

CONTRA O SISTEMA
                                                Walquer Carneiro

Solene destino pré traçado
Trançado nas cordas do espaço tempo
Na cinza da chuva claro relâmpago
Cortando o céu de nuvem molhado
Ser humano corpo que vagueia
Pensando que tem o domínio da coisa
Vai em vão pensamento dissoluto.
Nesta nação que se vê gigante
Justiça não mais observa  e nem julga
Apenas condena baseado em vagas sombras
Abrindo a brecha para quem não se ajusta
Ser tirado do caminho apenas por isso.
Seremos então todos vítimas de um estado
Que não pensa naqueles que penam
Naqueles que lutam por melhores dias
Que são tidos como cruéis  vilões.

EDITA LEGAL