REDE CELPA, FORA !!!!

Movimento reúne seis mil assinaturas contra a Rede Celpa

Somente a consciência do cidadão
em movimentos organizados
pode garantir que os direitos
do povo sejam respeitados

WALQUER CARNEIRO

Energia elétrica é um bem de  primeira necessidade para a  sociedade moderna, no entanto o estado do Pará parece que está fora desta modernidade. Apesar de  contar com uma das maiores usinas geradoras de eletricidade  do mundo, a usina de Tucurui, há muita dificuldade,  em diversas regiões do estado,  com municípios onde existem deficiências no fornecimento de energia pela Rede Celpa.

Dom Eliseu sofre com esse problema, principalmente na zona rural, onde há setores que ficam diversas horas por dia sem energia elétrica, e na zona urbana são constantes a queda de energia por motivos inexplicáveis.
O município de Canaã dos Carajás tomou uma providência para tentar resolver a situação de falhas no fornecimento de energia elétrica naquele município, e numa atitude corajosa membros de um partido político promoveu um movimento de abaixo assinado exigindo a cassação dos direitos da concessão que permite a Rede Celpa distribuir energia no estado do Pará.

De acordo com o Blog do Waldyr Silva no último dia 27 de agosto, dezenas de pessoas descontentes com a qualidade da energia fornecida pela concessionária deram início ao movimento de manifestação contra os serviços prestados no município de Canaã pela Rede Celpa, com a distribuição de carta de repúdio e a coleta de assinatura para o abaixo-assinado.

Para saber mais clique em BLOG DO WALDIR SILVA.

  

EXPOADE PARA QUE MESMO ?

A cada ano que passa a Expoade perde sua identidade agropecuária

O sindicato rural se esforçou,
entregou a organização da
feira a uma empresa de shows
e se esqueceu do agronegócio

WALQUER CARNEIRO


Dom Eliseu viveu nos últimos dias uma intensa agitação em decorrência da realização da IX Exposição Agropecuária de Dom Eliseu, um evento que supostamente foi idealizado para promover o agronegócio no município, porém 90% da  movimentação em torno do evento passou bem  longe do agronegócio. Na verdade a Expoade está mais para um festival de música do que feira agropecuária.

Poucos  acontecimentos tiveram realmente o caráter de identificação com o real objetivo da feira, entre  estes a cavalgada, o leilão de cavalos e um encontro de confraternização da empresa agrícola Juparaná que,  no dia 23 (sexta-feira),  reuniu os produtores de grãos  da crescente atividade agrícola que está tomando conta das terras devastadas pela exploração madeireira.

Uma iniciativa tímida, porém louvável foi demonstrada pela zootecnista Aline Freire, que também é professora de biologia. No dia 24 (sábado) Aline reuniu alguns estudantes de zootecnia e proferiu uma aula ao ar livre no estande da secretaria da agricultura. 

Um evento que tem forte característica do agronegócio é o rodeio. Um show que chama o público, mas não é uma organização do sindicato rural e nem tão pouco promove uma disputa entre os peões domadores  das fazendas do município e região.  Para quem não sabe o rodeio foi criado há quase cem anos justamente para reunir os peões de fazendas,   domadores de animais bravios. Só que o rodeio perdeu esse atributo e hoje, mesmo profissionalizado,  cumpre o papel de mera diversão.

Esse ano a exposição de animais não existiu. Essa sim, uma atividade proeminente na região e que identifica uma exposição agropecuária, não obteve a devida atenção dos organizadores desta festa que não deveria mais ser denominada de agropecuária, e sim FEMCOBEDE – Feira de Música, Comida e Bebida de Dom Eliseu.

Um fato, no entanto,  é incontestável,  Dom Eliseu está despontando como a nova fronteira agropecuária do Brasil, todavia essa realidade não está sendo bem explorada pela classe política administrativa, e tão pouco   pela classe dos produtores rurais. Pois uma feira agropecuária, como a Expoade, teria que ser realizada em função de um público que tenha interesse em investir na região, e na feira o que menos se viu foi eventos para chamar a atenção de possíveis investidores.

Para tão poucos eventos voltados para o agronegócio é desnecessário a montagem de uma estrutura da magnitude do se vê hoje na feira agropecuária de Dom Eliseu. A metade da estrutura atual já seria suficiente para atender as necessidades atuais. Isso fica evidente quando passamos pelo setor de bares e alimentação e constatamos todas as barracas com baixíssima presença de clientes,  e quando conversei com os comerciantes eles foram unânimes em confirmar a fracasso nas vendas.  

EDITA LEGAL