A manipulação midiática na política em tempo de golpe
O governo golpista não tem força moral
pra governar, e diante da impopularidade
os governantes golpistas chamam
os militares e o povo espera eleições
WALQUER CARNEIRO
Intervenção é a palavra de ordem hoje no Brasil. Mais de 60% dos
brasileiros concordam com uma intervenção, numa clara demonstração de que a
maioria da população não consegue se auto conduzir por sí mesma, de acordo com
um código de ética e moral, e de certo modo
clama por um aio que lhes submetam e aponte para onde a população tem que ir e o
que fazer. Agora há que se perguntar: por quê chegou-se nessa condição?
O general que está no comando da tropa de intervenção no
estado do Rio de Janeiro afirmou que a situação no estado não é tão alarmante,
e que é a mídia que potencializa uma sensação de insegurança. “É muita mídia.”
Disse o general ao ser perguntado pelo repórter qual a avaliação dele sobre a
violência no Rio de Janeiro.
Recentemente tivemos uma ruptura democrática com o golpe
no governo do PT com deposição de Dilma
sem que ela tivesse cometido crime alguma que levasse prejuízo à nação ou a
segurança nacional. Essa deposição se
deu única e exclusivamente pela manipulação midiática de manifestações da
classe média dando como justificativa a corrupção, praticada em grande parte
por essa mesma classe média, como recentemente foram vistos casos emblemáticos de malas de dinheiro sendo
transpostas pela madrugadas, a açougueiros corrompendo toda a república em
conluio com os golpistas, enquanto filho da juíza é pego em atividade de
tráfico de drogas; um avião sai cheio de
drogas da fazenda do ministro da agricultura;
foram esses que lideraram os movimentos dos amarelos em seus locais de atuação Brasil à fora.
Com o golpe quebrou-se uma clausula da democracia, que é o
respeito à vontade de uma maioria numa eleição; os golpistas assumiram por vias indiretas um governo ilegítimo impondo para mais de 54 milhões de eleitores um projeto
político e de governo que essa maioria não escolheu no voto. E isso causou contrariedade numa
grande parte de população que votou na Dilma e sentem-se lesados; e por isso um governo ilegítimo não terá
autoridade para governar e assim precisará do uso de força bruta para conter a
população, o que só é possível a partir do uso do exército, e por isso o teste da intervenção militar no Rio de Janeiro.
A intervenção militar poder se transformar em armadilha, pois
nesse contexto abre-se uma contradição, por que se por uma lado a mídia
consegue imputar um clima sensacionalista de insegurança levando a população
desejar uma intervenção militar, por outro lado essa mesma população espera pelas eleições diretas, uns
para votarem em Lula como revanche do golpe, esses que beiram os 80 milhões, e outros mais para votarem em outros candidatos, todos, que caíram na preferencia popular, ao tempo
que o PT e Lula crescem na mesma proporção que os candidatos golpistas caem,
sendo que o PT tem um candidato a presidente que vence em qualquer cenário no primeiro turno, e
não sendo candidato seu partido elege um candidato.
O Consórcio Golpista Temer/PSDB/DEM
está aproveitando o sensacionalismo midiático para criar uma sensação de
insegurança nacional via Rede Globo para justifica uma intervenção militar
nacional, na tentativa de impedir uma eleição este ano no Brasil. O general espertamente apontou pra mídia que manipula a opinião, com certeza, ele tem dados estatísticos sobre a violência no
Brasil, e percebe que o governo golpista tá querendo usar as forças armadas
para propaganda politica aproveitando o sensacionalismo da mídia. O general
sacou logo a jogada, ainda mais que surpreendentemente esse ano de 2018 foi um
ano em que carnaval foi menos violento em todo Brasil.
Mas a história nos mostra que existe a tentação por intervenção. Só resta saber se o general irá se agradar da experiência da intervenção,
desconsiderando também 54 milhões de votos; o general conhece as
estatísticas; por que o judiciário já mostrou, quando não desaprovou
o golpe contra Dilma, que está contra os
54 milhões que esperam a eleição para votarem
naquele candidato que mais lhes agradarem, esses que estão num mato sem
cachorro se o general não tiver compaixão, pois existe a possibilidade de eleger
Bolsonaro; se um representante das forças armadas for eleito de forma justa
numa eleição livre com certeza quem governará serão os militares. Mas para isso
terão que desabilitar o Lula e anular completamente o PT.