A JUSTIÇA É OMISSA PARA A ELITE

Imprensa tenta inverter a verdade sobre CPMI do Cachoeira 

A verdadeira face da justiça brasileira começa a 
aparecer com a retomada do debate em torno da 
CPMI do Cachoeira, tudo começa a ficar claro 
com a saída de Carlinhos Cachoeira da prisão 

FONTE – BLOG DO ZÉ DIRCEU 

É lamentável a abordagem que a grande imprensa faz do relatório final da CPI do Cachoeira. Sem pudor, a mídia avalia que pode inverter a verdade e desconhecer os fatos. 

Há um claro esforço coordenado nos jornais para tentar desqualificar o relatório de Odair Cunha. O Estadão, por exemplo, dedica-se a massacrar o relatório. O esforço começa no editorial, que chama a Comissão de “CPI do talião”. 

Dora Kramer é escalada para falar da “farsa da comissão”, classificando o pedido de indiciamento de jornalistas como “espetáculo burlesco”, embora esse ponto esteja fartamente documentado. O jornal também dá destaque para o governador de Goiás, Marconi Perillo, um dos indiciados, dizer que o relatório é político. 

Ora, a CPI teve a possibilidade de investigar a associação do crime organizado com um governo constituído - no caso o governo tucano de Goiás - apurando as ramificações e infiltrações dos negócios do empresário Carlos Cachoeira com a máquina pública comandada pelo governador Perillo. 

Em Goiás, como desvendaram em grande parte as investigações da CPI (mista, de deputados e senadores), o crime organizado tomou conta do Estado governado pelos tucanos com anuência, inclusive, de um dos líderes da oposição à época, o ex-senador Demóstenes Torres e a omissão, para dizer o mínimo, da administração estadual. 

O indiciamento de Perillo possibilitará investigar com maior profundidade tudo isso. Portanto, não faz sentido chamar o relatório de político. 

A Folha de S.Paulo também usa o editorial para tentar desclassificar o relatório. O editorial chama de “arremate insensato” o pedido de indiciamento de alguns dos incluídos. E Eliane Cantanhêde chama o fim da CPI de “triste pastelão”, ignorando todo o vasto conteúdo que justifica os indiciamentos. 

Os jornais não escondem também a decisão de defender o jornalista Policarpo Junior e a Veja. E, no Globo, Merval Pereira tenta manter a fantasia de que a CPI foi criada a partir da minha vontade e da vontade de Lula. 

Quando na verdade é a imprensa, junto com a oposição, que faz uso político da CPI. Perto do fim do julgamento da AP 470, tentam enterrar a CPI que tem mais do que elementos comprobatórios para indiciar todos os investigados que estão no relatório final. 

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