Estudantes de Dom Eliseu e a consciência negra
O Brasil é um país muito desigual,
e os negros sendo maioria, 60% da
população é negra, sentem com
maior intensidade essa desigualdade
O Brasil é um país muito desigual,
e os negros sendo maioria, 60% da
população é negra, sentem com
maior intensidade essa desigualdade
REDAÇÃO DO BLOGUE
O seminário abordou diversos aspectos da posição dos negros na América, levando em conta a gênese escravagista na formação da cultura afro brasileira. Os assuntos foram levados por equipes de alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Gualberto Pimentel. Os estudantes formaram grupos que montaram artigos expostos para uma plateia formada por indivíduos da classe estudantil.
Os Jovens apresentaram seus conceitos sobre a negritude abordando a formação da cultura no contexto escravagista e os movimentos pela libertação onde foram dados exemplos de pessoas negras que se destacaram como personalidades no Brasil.
Outra abordagem foi a manifestação do racismo e preconceito que ainda vigora apesar da predominância da população negra no Brasil, e, de acordo com os estudantes, se faz necessárias manifestações de incentivo às ações afirmativas que contribui na garantia da igualdade. Na apresentação ficou claro que os números de estatísticas mostram a presença inferior de negros nas áreas de educação, emprego e política entre outros.
Uma preocupação dos estudante foi quanto as estatísticas referente à criminalidade, onde se mostra um número considerável de crimes cometidos por pessoas negras. De acordo com eles isso é resultado da discriminação e violento preconceito que a população negra vem sofrendo no de correr do tempo.
Diante destas constatações os estudantes mostraram que foi necessário criar leis com o propósito de coibir atitudes discriminatórias e racistas, e dentro desta linha falou-se do pioneirismo dos ativistas norte americanos Rosa Parker e Martin Luther King contra a segregação racial e a garantia dos direitos civis aos negros dos Estados Unidos.
Outro aspecto importante foi a abordagem da formação da cultura afro brasileira na concepção da identidade nacional, lembrando que o Brasil recebeu cerca de 37% dos negros que foram tirados da África e trazidos para a América. A estimativa é que o Brasil tenha recebido mais de 3.500 milhões de africanos de 1550 até a assinatura da lei áurea.
A importância da discussão do tema da consciência negra de forma macro foi levada em consideração quando estudantes mostraram a necessidade de envolver todos setores da sociedade no debate vendo os aspectos a nível nacional (Brasil), estado, município e a escola como fundamentais para a afirmação dos negros como iguais no âmbito da sociedade.
As políticas de ações afirmativas também foram alvos de avaliação por parte dos estudantes, já que as políticas de ações afirmativas a primeira vistas podem ser entendidas como necessárias, mas a longo prazo podem apresentar aspectos negativos tirando do individuo negro a sua capacidade de se destacar por seus próprios méritos, levando a pessoa negra a ficar dependente destas ações. De acordo com a apresentação os negros tem condições de superar as diferenças por seus méritos e esforço próprios.
Depois da África o Brasil é a nação com maior número de negros no planeta terra, e diante disso foi colocada a questão do Brasileiro negro na formação da identidade nacional e a imposição da suposta superioridade branca diante deste quadro.
Como confirmação da importância do negro na formação do estado nacional foi falado sobre a substancial contribuição dos negros na formação e manutenção da cadeia produtiva primária na época da colonização do Brasil. Sem essa contribuição não teria sido possível a formação de um estado nacional soberano em tão curto espaço de tempo.
Para finalizar aconteceu a participação de um estrangeiro negro, o Engenheiro civil Freitas, angolano que chegou ao Brasil em 1979 passando pelo Rio de Janeiro, chegando ao Pará, onde concluiu o curso de engenharia na UFPA; depois foi para Ipixuna e logo em seguida Dom Eliseu. Freitas falou de sua experiência como estrangeiro negro no Brasil; falou também sobre Angola no contexto africano, onde cinco países falam a língua portuguesa. Freitas também destacou preocupação com a influência americanista na abordagem da questão negra. Ele lembrou que os brasileiros devem olhar mais para a África como importante para entender a cultura do negro enquanto cidadão.
#CONSCIÊNCIA NEGRA E A PLATEIA#
-ESTUDANTES ABRILHANTANDO O EVENTO-
Os estudantes compareceram ao Seminário da Consciência Negra da Escola Luiz Gualberto Pimentel. A presença dos estudantes foi essencial para incentivo dos grupos que apresentaram suas ponderações sobre a questão da negritude na dificuldade de inserção da pessoa negra no cenário nacional e a importância da cultura africana para a formação da identidade brasileira.
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