Na velocidade do tempo a vida
é tão breve que passa sem perceber
Bons amigos compensam
a brevidade da vida
na crosta desse planeta
WALQUER CARNEIRO
Eu me pus a meditar, outro
dia, sobre a minha percepção do passar do tempo levando em conta a minha
posição no espaço enquanto ser vivente junto como outros seres viventes que
seguem suas vidas escravas de cada momento, pois o tempo é carrasco e não é
patrão. Diante dessa comprovação vejo que, além de verdugo, o tempo também é incessante não tem medida de início,
não tem medida de fim; digo o tempo abstrato, mas no entanto real, sendo que
para os seres humanos, por causa de seus desejos, o tempo é tão escasso.
A vida é tão pequenina, o tempo
passa ligeiro mas ele nunca acaba, nós, os viventes é que acabamos rápido na
velocidade da vida, no alongamento do
tempo; por isso é que seres humanos buscam companhia, para aproveitar o tempo,
verbalizar o ego, inebriar a cronologia com o momento de um outro ser, um
amparo, isso é a amizade que se revela no fluir de cada segundo e se firma no
ir a diante.
Não sei quem foi que ajustou,
contou e chegou ao total de que cada um
não tem mais que cinco amigos no andar de suas vidas. Vejamos, cada vida é
muito breve, todo o tempo é muito amplo, são tão poucos os amigos, e pouco tempo para poder
encontra-los. Então se percebe que o tempo urge e a cada dia o passado fica bem
maior do que o futuro, e os bons amigos não são fáceis de serem revelados, não
por que inexistem, mas por necessidade de serem cultivados.
A brevidade da vida humana
levou como vingança a tentativa de encarcerar o tempo numa caixa de pinos, engrenagens e ponteiros, acho que na
vontade de domar o tempo e assim ter mais
tempo para encontrar os amigos. De toda
forma o tempo não faz bem e nem mau, o tempo é indiferente se dele não tomarmos
tento, por isso é que é muito bom antes de qualquer coisa ser amigo do tempo, e
enquanto ele passa vamos fazendo os amigos. Pois apenas os bons amigos
compensam a brevidade do tempo.
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