Ser humano é um ser desejante
que enseja a liberdade
A liberdade como meta
enclausura o objetivo
na gaiola do querer
que é emanante da alma
WALQUER CARNEIRO
Até que ponto o ser humano, enquanto individuo, pode se considerar verdadeiramente livre
dentro do espaço vital e temporal que lhe foi designado nessa passagem pelo
planeta terra? Como dividir esse exercício de ser livre com mais 8 bilhões de
pessoas no planeta, 200 milhões no Brasil, 8 milhões no estado do Pará e 60 mil
pessoas em Dom Eliseu?
Desejar a liberdade é um
instinto básico dos seres vivos, nem mesmo um vegetal se sente bem tendo algo
que o limita em si, e assim, mesmo não tendo consciência aparente, o vegetal
busca uma forma de se libertar.
Somos um corpo biológico
sustentado por uma energia primal que emana de algum lugar obscuro, esse corpo
biológico é tangido por vontades que é produzida pela memória aonde está o
centro captador e irradiador da energia primal que é metabolizada pelo espírito
que é aprisionado ao corpo no momento da concepção; então essa liberdade
ansiada pelo eu biológico entra em contradição com a alma que é de onde flui o
pensamento que gera a vontade.
Estar aprisionado,
verdadeiramente, não produz uma sensação agradável; e nem sempre estar
aprisionado quer dizer necessariamente estar dentro de um cubículo, ou amarrado
a uma corrente. A liberdade é um conceito muito mais amplo do que se imagina
apenas de passagem; pois vamos a um exemplo da modernidade: O apego excessivo das
pessoas às tecnologias de audiovisuais das redes sociais. Vejam só como o
conceito de liberdade é traiçoeiro, pois esses ferramentas apareceram com o
propósito de libertar o indivíduo dando a ele acesso rápido e fácil à
comunicação, ao mesmo tempo que leva o
sujeito ao apego desmesurado do recurso para a satisfação de sua vontade. De
modo que para ser livre temos que nos pôr como escravos de nossas vontades que
são as tentativas da alma em se libertar do invólucro humano.
Na busca de nossa liberdade nos tornamos seres
desejantes, e esse querer em um determinado momento estará em conflito com o querer do outro, desse modo além do individuo
ser escravo de seus próprios desejos também é tolhido, em parte, pela vontade do outro. Primeiro você quer e
depois passa a agir de acordo com o
interesse primal, e só depois você vai perceber o outro. Assim a vontade escraviza a prática pura da
liberdade. A liberdade é ser escravo de nossas vontades. Pois liberdade não é
ser, liberdade é agir, esse agir está subordinada ao querer de cada um dos
seres viventes desse planeta.
A busca pela liberdade leva o
ser humano a querer, então, dessa forma, quando 8 bilhões de pessoas vivem em seus
determinados espaços geográficos, temporais e vitais querendo e buscando
liberdade gera-se a necessidade de
administrar essas vontades e dividir de forma equânime esses direitos entre
todos os seres humanos, trabalhado sempre para que não haja conflitos.
Vejam que além de levar em
conta o outro temos que administrar também as vontades de nossa alma, que
prisioneira no corpo enseja por liberdade, mas limitada pelo involucro corporal
a alma reage ativando a nossa energia vital biológica fazendo as moléculas vibrarem
em alta intensidade, e isso que causa os mal-estares, e por isso a necessidade,
também encontrar um forma de afagar a alma, e isso é feito promovendo uma
aproximação equilibrada entre o eu a
alma.
Equanimidade requer seguir
princípios éticos e morais, pois quando se rompe as paredes da ética e da moral
se fere de morte a possibilidade de uma liberdade igualitária, já que os seres
humanos são grupos individualizados, todavia racionais, essa racionalidade que
nos leva, por obrigação, às responsabilidade também coletivas, assim enquanto
os seres humanos insistirem em buscar liberdade apenas pra si não teremos uma
sociedade harmônica e tranquila, que é aquilo que todos nós ensejamos mas
encontramos muita dificuldade em compreender a
o jeito correto de alcançar o objetivo liberdade.
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