Levante da aristocracia, fúria da burguesia e os
interesses da classe alta
A aristocracia quer interromper
o ciclo de governo popular e democrático
desestabilizando o andamento do processo de
evolução que benefício dos trabalhadores
A aristocracia quer interromper
o ciclo de governo popular e democrático
desestabilizando o andamento do processo de
evolução que benefício dos trabalhadores
WALQUER CARNEIRO
Nas duas manifestações realizadas nos últimos meses não
se viu sequer uma pauta que levasse a uma discussão séria para problemas seculares que afligem a maioria
dos trabalhadores assalariados do Brasil. A totalidade das pessoas que
participaram das recentes manifestações fazem parte das classes mais abastadas
do Brasil que nunca sentiram falta das
necessidades básicas que a maioria do povo brasileiro é carente.
A pauta principal dos manifestantes foi o pedido da
retirada a força de Dilma da presidência, a prisão de Lula, sendo que a pauta da
corrupção foi apresentada de forma difusa alegando que os responsáveis pela
corrupção no Brasil são Lula e Dilma.
Não existe sequer um único crime cometido para que a burguesia peça a retirada da
Presidente Dilma do exercício da sua função ou que justifique a prisão de Lula.
As únicas razões para que a burguesia
continue saindo às rua em manifestações é o direito de exercerem
a democracia manifestando-se a respeito do que quiserem, e a outra razão para
que a burguesia continue com as manifestações de rua é a
quarta derrota eleitoral imposta pelas forças democráticas e populares e
socialistas que reelegeram Dilma e recusaram mais uma vez a eleição de um
representante da aristocracia.
Essa derrota política da aristocracia é algo inédito na
história do Brasil, pois a aristocracia junto com a burguesia nacional sempre
manobraram para que os trabalhadores não
tivessem um representante na administração central, em todos os tempos da
história republicana brasileira a nação sempre foi administrada por indivíduos
da aristocracia ou burgueses, amparados pelo
sistema aristocrático, que vinham
ignorando o povo trabalhador e a classe proletária como força fundamental na
construção da nossa pátria.
Sem medo de estar sendo injusto ou equivocado, mas essas
duas últimas mobilizações eram compostas por mais de 80% de gente da classe
média alta para cima que foram mobilizadas pela força do poder da aristocracia nacional, que é quem sustenta, há séculos, todo o sistema da rede de corrupção que
permeia toda a nossa sociedade, sendo que essa rede de corrupção foi montada
justamente para manter os privilégios da aristocracia subtraindo para eles, de forma fraudulenta, as riquezas nacionais que é de direito de
todos os brasileiros.
A aristocracia nacional só conseguiu sustentar em
funcionamento essa rede de corrupção porque o sistema aristocrático vinha
suprimindo o livre exercício da democracia para a totalidade dos brasileiros
impedindo que setores populares e comprometidos com a soberania nacional
chegassem à administração central do Brasil, pois a aristocracia nacional tem a
plena consciência de que um governo popular jamais permitirá a continuação e a
manutenção da rede secular de corrupção brasileira.
Com a eleição e reeleição de Lula e Dilma os
trabalhadores assalariados e os informais de todo o Brasil foram postos na
pauta das políticas públicas do governo federal, isso nunca havia sido feito
antes e para fazer isso foi necessário montar um plano de combate a
corrupção, e é isso que o PT com Lula e Dilma vem fazendo. E assim mais de 30
milhões de brasileiros que nunca tiveram acesso a moradia digna, a vagas nas
universidades, vagas na educação infantil para os filhos, valorização real do
salário mínimo acima da inflação, controle efetivo da inflação que hoje é a
média mais baixa em comparação com o
governo FHC e Lula, além de que os juros são a metade do que nos tempos da
administração dos Tucanos nos anos 90. Tudo isso e muito mais coroado com a
criação de ferramentas e mecanismos de combate essencial da corrupção que está
sendo posto em prática hoje, cujas medidas não foram tomadas no passado por
omissão e cumplicidade dos governos com a corrupção.
É certo que, por uma série de motivos existem
dificuldades na condução das políticas públicas do atual governo. Uma dessas
dificuldades é justamente imposta pelo embate político a partir do congresso
nacional com ações de setores oposicionistas inflados pela adesão de setores
aliados que se rebelam em decorrência de interesses oportunistas e de cunho
obscuros. Além de que há a interferência da crise global que afeta a economia nacional,
mas essas questões, podem, e, estão sendo equacionadas a medida que o
governo avança no diálogo e nos ajustes econômicos. Essas seriam pautas justas e
legitimas para serem levadas nas manifestações aonde as liderança politicas
poderiam usar os trios elétricos para apresentar alternativas para reforma
política e aplicação de um outro modelo econômico, e a partir daí continuar a
mobilizar sua militância para garantir a eleição do candidato a presidente em
2018, mas o que a aristocracia quer e interromper o ciclo de governo popular e
democrático desestabilizando o andamento do processo de evolução em benefício dos trabalhadores.
As manifestações, sejam elas dos setores mais abastados
como vimos dia 16, ou mesmo de setores populares e classistas, são totalmente legitimas. O que não é legitimo
é a forma agressiva, desrespeitosa e violenta que estão sendo conduzidas essas manifestações
que pedem a interrupção do mandato de Dilma apenas por que a aristocracia e a
burguesia não aceitam a quarta derrota consecutiva nas urnas numa disputa
totalmente legal e democrática.
# A ACORDAR PARA A VERDADE ENCOBERTA #
Temos que acordar.
A aristocracia brasileira, que controla todo o sistema de mídia, está
difundindo a desinformação, distorcendo fatos com objetivos eminentemente
politico. Respeito o posicionamento de
todos, mas temos que procurar analisar a avaliar a atual situação
mais a fundo e não levar apenas em consideração o que diz o cartel midiático
que representa apenas a ideia e vontade das elites e não dos trabalhadores como
eu e você.
Eu não afirmei que está tudo bem, o que disse é que há,
por parte do povo, uma percepção
exagerada da situação que é amplificada
pelo cartel midiático. Pessoas ao nossa redor, na escola e no trabalho difundem opiniões a partir do que escuta e lê
nos meios de comunicação do cartel midiático que representam apenas os
interesses da aristocracia contra os trabalhadores.
# RASGANDO A ATA DA LEGALIDADE #
A nossa juventude
não conhece a história...Desconhece que, em média, de trinta em trinta anos, a
aristocracia provoca uma quebra de institucionalidade por não ter a moral de
ganhar a simpatia da classe proletária nas disputas eleitorais. Os velhos
conservadores sabem disso, mas a desonestidade intelectual desses permite que
seja rasgada a ata da legalidade democrática por interesse da aristocracia
contra os direitos dos trabalhadores proletários.
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