# AUDIÊNCIA PÚBLICA APRESENTA PROJETO ALUMINA #

Apresentação do projeto leva informação

A população precisa se preparar
para usufruir planamente da
riqueza que poderá ser gerada
com a exploração de bauxita

WALQUER CARNEIRO

Mais de 600 pessoas assinaram e lista de presença na Audiência Pública que a Alumina Rondon realizou em Dom Eliseu no dia 26 na apresentação do projeto de mineração e refino de bauxita previsto para ser desenvolvido na região dos municípios de Dom Eliseu e Rondon do Pará. 

Na ocasião foi destacada a presença do secretario de estado de meio ambiente, José Carlos, bem como Luiz Pinto, da Fiepa – Federação das Indústrias do Estado do Pará, representando o Programa Redes – Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará, além do promotor de justiça de Dom Eliseu, Januário Neto. Juntos com um representante do executivo municipal e técnicos da Alumina Rondon formaram a mesa de exposição do projeto. 

Os principais temas do debate giraram em torno da expectativa de incremento da economia e a possibilidade de impacto ambiental e social, com o início da operação em 2017, com a previsão de produção em torno de 7 milhões de toneladas de bauxita, mas Luiz Pinto esclarece que do ponto de vista econômico o projeto não é apenas mineração. “ O empreendimento prevê a verticalização da produção que agrega valor ao produto natural, gerando mais imposto e mais renda local”, disse ele arrazoando que do ponto de vista social haverá desenvolvimento. 

Um projeto com a envergadura da Alumina Rondon atrairá a atenção de milhares de pessoas que afluirá para a região aumentando o contingente populacional, o que, para Januário Neto, poderá gerar um impacto social negativo se não for criada as devidas condições a partir da iniciativa da empresa. “Tem que socializar os prejuízos. Tem haver uma parceria entre a empresa e o município para tentar minimizar esses problemas que haverão de acontecer, e para isso a empresa tem que oferecer subsídios”, considerou Januário Neto lembrando que o papel do ministério público é ser a voz da sociedade para dialogar com prefeitos e a empresa. “Precisamos exigir que, ao lado do prejuízo social e ambiental que vamos sofrer, a gente também tenha o bônus”, concluiu ele. 

Na questão ambiental o secretário José Carlos disse que um empreendimento deste porte só é liberado com o compromisso de recomposição do eco sistema, e os devidos cuidados com o meio ambiente, mas ele não descarta a possibilidade de impacto negativo e a sociedade precisa fiscalizar. “O poder público local é o eixo central desta articulação e precisa estar a frente para fazer a ponte entre a empresa e a sociedade civil organizada, para que tenha um planejamento para acompanhar todo o processo”, disse o secretário acrescentando que o comércio, indústria e serviços tem que estar inseridos no mesmo contexto.

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