MÁFIA FINANCEIRA


A máfia do sistema financeiro quer dominar o planeta

Está em curso um movimento para
que apenas dois países passe a
dominar todas as nações do
planeta com escravidão e miséria

WALQUER CARNEIRO

O sistema financeiro internacional se tornou uma verdadeira organização criminosa que trabalha como máfia  utilizando a tecnologia para praticar a rapinagem das riquezas monetárias de nações desprotegidas  em prol de apenas dois países: Estados Unidos e Alemanha. É por causa disso que desde 2008 o  planeta vem passando por essa onda de sucessivas crises financeiras, e o objetivo é enfraquecer moralmente algumas nações para que se crie o clima ideal para uma futura invasão, exterminação da identidade cultural  e apropriação dos recursos maturais e da força de trabalho do povo. É desta forma que age o imperialismo desde o tempo do imperador Caio Julius Cesar.

Esta é a verdadeira realidade, e temos que estar atentos para se contrapor aos ataques e resistir para garantir um planeta de igualdade e liberdade. É isso que o povo português está fazendo neste momento. Leia a baixo um artigo mostrando como é que a nação portuguesa está reagindo ao ataque especulativo da máfia financista internacional.

Portugal é hoje um país sob ocupação estrangeira

Recente greve geral  paralisou
o país no dia 24 de novembro
contra “o criminoso retrocesso social 
e civilizacional imposto pela máfia financista

FONTE  -  CUT / PORTAL VERMELHO


O secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), Manuel Carvalho da Silva, avalia como uma poderosa demonstração de unidade e força dos movimentos sindical e social o movimento contra  receituário neoliberal da troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Europeia)”.

Em visita à sede nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o dirigente da CGTP disse que a luta deve ser bastante ampla para envolver o conjunto da sociedade em defesa da independência, pois “Portugal está hoje na condição de país ocupado, como a Grécia”. “A proposta da troika, dos agentes da agiotagem, é a amputação da democracia e da soberania.

Quem tem poder financeiro, de fato, é a Alemanha e seus bancos, que exploram descaradamente com seus juros absurdos os países da periferia. O Memorando da Troika é um programa que exige cortes nas Forças Armadas, na Justiça, na Saúde. A única ocupação que não existe é a militar. É a mais completa submissão à financeirização”.

Na prática, esclareceu Manuel, está em curso “um criminoso processo de agiotagem e roubo para o sistema financeiro aumentar sua riqueza”. “São juros impagáveis, impostos aos países que estão debaixo dos insustentáveis ‘pactos de austeridade’. A Grécia já disse que não vai ter condições de pagar, pois é uma verdadeira loucura, uma irracionalidade o que está sendo cobrado. A mesma coisa vai ocorrer em Portugal. Mesmo sabendo que são juros impagáveis, o que os bancos querem é postergar esta situação, nem que seja por mais alguns meses, dias ou horas. Querem prolongar o que for possível o seu sistema de expropriação, que é um assalto para além do que já roubaram. Este é o sistema internacional de agiotagem que está minando a Europa”.

Condenando o que qualificou de “cardápio de imposições”, o sindicalista português denunciou que “a redução dos salários e benefícios é hoje um investimento estratégico para o processo de financeirização em curso, onde as empresas veem sua cotação nas bolsas crescer quando anunciam demissões, quando anunciam a eliminação de direitos e arrocho de salários”. “Isso é uma completa subversão da lógica, da perspectiva de valorização e responsabilização, que é um dos aspetos mais sólidos do respeito ao trabalho. E para quê? Para atender a especulação. Atualmente 52% dos movimentos financeiros da Bolsa de Nova Iorque são operações realizadas em milésimos de segundo, que desencadeiam de imediato ações especulativas. Não tem qualquer controle racional, é desumano”, ressaltou.

Conforme explicou Manuel da Silva, a greve geral em Portugal teve características e efeitos inovadores. “Em primeiro lugar, porque houve uma participação muito grande dos setores laborais sensíveis, estratégicos para a economia, com a quase total paralisação do transporte público e privado. Nenhum avião decolou, nenhum barco aportou, ficou parado o metrô das grandes cidades, o transporte marítimo a Lisboa, as linhas ferroviárias. Houve uma grande adesão da administração pública, incluindo as municipalidades. As grandes empresas do setor privado também se somaram à greve, incluindo Setúbal, que é onde está localizado o maior parque industrial do país, a AutoEuropa, da Volkswagen. O parque industrial, responsável por mais de 10% das exportações portuguesas registrou 92% de paralisação, incluindo a maior corticeira do mundo e a Caixa Geral de Depósitos, maior instituição bancária do país, onde 85% dos trabalhadores cruzaram os braços”.

MANIFESTAÇÕES MASSIVAS

Assim, diferentemente das demais paralisações, desta vez também houve grandes concentrações populares. “Nunca fazíamos manifestações nos dias de greve. Desta vez incorporamos os movimentos sociais, com dezenas de milhares. Em todo o país, foram 34 grandes manifestações, sendo que, só no Porto, participaram mais de 20 mil pessoas. Nossas bandeiras dialogam com a sociedade”.

Desde o anúncio da greve os objetivos colocados pela CGTP-IN e pela UGT (União Geral dos Trabalhadores), esclareceu, foram incorporando gente “contra o aumento da exploração e o empobrecimento”. “Esse debate ganhou a sociedade e fez com que mesmo setores de direita tivessem de nos dar razão. O antigo presidente do PSD (Partido Social Democrata) reconheceu que o Orçamento do Estado era de empobrecimento e não respondia às demandas sociais. Mesmo acadêmicos da área do PSD disseram que o programa é recessivo. Outro aspecto importante é a manifestação de setores da Igreja Católica, como o Justiça e Paz e a Liga Operária, que se somaram conosco. Em defesa dos Sindicatos, cientistas sociais, sociólogos e economistas realizaram abaixo-assinados. O antigo presidente, Mário Soares, ao lado de outras cinco personalidades do Partido Socialista, também identificaram convergências com as nossas denúncias. Houve um ganho extraordinário com a greve, que incorporou inúmeras e distintas forças, indo muito além da dimensão sociolaboral”.

Na queda de braço com o governo, a mídia tomou lado... contra os trabalhadores, obviamente. “Os grandes conglomerados, já que é disso que se trata, estão todo o tempo mentindo, inculcando nas mentes a posição dos seus donos, que é a dos seus anunciantes. No seu trabalho contínuo de dizer que não há alternativa, utilizam-se de comentaristas e analistas para reforçar sua posição, repetindo à exaustão que só há um caminho, que o arrocho é inevitável, que não há saída. Querem que as pessoas se isolem no seu sofrimento e percam qualquer perspectiva de ação coletiva, de mobilização por mudança. A mídia é hoje o grande instrumento de manipulação utilizado pelo sistema financeiro para combater os movimentos sindical e social. Assim, enquanto qualquer análise séria, seja do ponto de vista social, político, econômico, cultural ou antropológico coloca o neoliberalismo como derrotado, do ponto de vista prático esse sistema tem ao seu lado os meios de comunicação para fazer uma ofensiva pela submissão dos povos. É um crime convencer o jovem da inevitabilidade de que seu futuro será pior do que foi a vida dos seus pais e avós”.

Manuel lembra que pela proposta dos especuladores, haverá um arrocho médio de 30% nos ganhos dos servidores públicos. “Querem a eliminação do subsídio de Natal [o equivalente ao nosso 13º salário] e do subsídio de Férias [um salário integral], aumentar impostos, acabar com a evolução das carreiras e da atualização salarial. Há aposentados que sofreriam um arrocho tão grande quanto o dos servidores, recebendo menos quando mais precisam. Já neste mês de dezembro anunciaram o corte de 50% do subsídio de Natal, tanto dos trabalhadores do setor público quando dos da iniciativa privada. Para completar, querem ainda aumentar a jornada de trabalho em duas horas e meia por semana, meia hora diária. Neste momento, há uma ofensiva contra os benefícios, que em nosso país representam cerca de 25% dos salários”.

BASTA DE SACRIFÍCIOS

E tanto sacrifício, para gerar mais desemprego e mais recessão, alertou. “O governo faz uma projeção de que o PIB cairia 3%, com uma dramática degradação da qualidade de vida, com a perda da proteção social, cortes na saúde, na educação, no sistema judiciário. Teríamos mais inflação e mais pobres. Indiscutivelmente um retrocesso social e civilizacional com a perda da infraestrutura do país. Esta é a verdade, mas tentam nos convencer da quadratura do círculo. Aí entra a mídia querendo nos convencer de que precisamos empobrecer, pois estaríamos vivendo acima do que podemos. O fato é que ninguém consegue pagar dívidas empobrecido. Mas eles querem. Daqui há dois anos não teríamos mais como pagar um centavo e a dívida ficaria maior”.

Entre as propostas dos movimentos sociais portugueses, o dirigente da CGTP destacou como fundamental a defesa do emprego, que “deve ser o trabalho com direitos, útil à produção material da sociedade, não para enriquecer alguns”. “Para nós, o salário deve ser parte da riqueza produzida. Combatemos a precariedade e a insegurança e o aumento da jornada de trabalho, pois o tempo é o bem social mais precioso depois da saúde. Também defendemos a garantia do contrato coletivo, instituído na metade do século 20, pois representa uma relação de equilíbrio contra o cardápio de imposições do capital. O segundo campo é a agenda social e política, que é o que dá a centralidade e amplia o leque de alianças, articulando o conjunto dos movimentos. No nosso entendimento, a crise capitalista é sistêmica: financeira, econômica, política, institucional, energética, ambiental e ecológica. Neste sentido também é preciso desconstruir conceitos que foram apropriados pelo neoliberalismo”, concluiu o dirigente português.

Um comentário:

  1. Fala Walquer, parece que no Brasil tem pessoas querendo endividar o país para depois colocar em pratica o que está a acontecer lá fóra.
    Precisamos ficar atentos.
    São meia duzia que querem dominar o mundo.
    E quem tem algum poder de liderança comunitária deve ficar atento e unido para que no tempo certo se mobilize a sociedade que está com o estupim bem curtinho.

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