SECRETÁRIO E JUIZ NEGAM DIREITO

Professora sofre retaliação por não aceitar privilégio 

Com um filho doente servidora da 
educação sofre assédio moral e tem 
negado pela justiça municipal direito 
de acompanhar filho em tratamento 

WALQUER CARNEIRO 

Uma servidora do setor de educação pública de Dom Eliseu, (cujo nome não vou citar para evitar constrangimentos) que por toda a sua vida cidadã e servidora apoiou o grupo de PMDB, o Quinze, em Dom Eliseu, encontrou-se com o secretário de educação em um evento social e foi conversar com ele sobre o projeto que reformulou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Professores Dom Eliseu. A servidora argumentou que não era justo os professores perderem em média 35% do salário, pois a maioria tinha mais de 70% do salário comprometido com contas a pagar, financiamentos e prestações de bens, e com a diminuição do salário os servidores iriam cair na inadimplência. 

Depois de ouvir o lamento da servidora o secretário Roque a olhou nos olhos e disse: “Não se preocupe professora, pois nós iremos manter as gratificações para os professores que são do nosso lado, fique tranquila os nossos não vão perder nada”, teria dito o secretário. 

A servidora surpresa com a atitude do secretário disse que não aceitaria tal proposta porque ela tem parentes e amigos íntimos que são servidores da educação e que são oposição ao grupo que administra o município e não iria se sentir bem recebendo gratificações que eles não receberiam. 

A servidora tem um filho, bebê de um ano e oito meses, que nasceu com sérios problemas neurológicos e sofre constantes convulsões, e agora tem que ser internado durante seis meses, em um hospital fora de Dom Eliseu, para um tratamento intensivo, de modo que, alguns dias depois da conversa, a servidora foi até a secretaria de educação solicitar uma licença para acompanhar a criança durante o tratamento, mas o pedido da servidora foi negado pelo secretário de educação em retaliação a atitude da servidora à proposta recusada por ela. 

Diante da negativa do secretário a servidora procurou o serviço do advogado Adriano Magalhães para que ele pudesse fazer valer o seu direito da licença. O advogado então, diante da urgência da situação, foi procurar o juiz de direito da comarca de Dom Eliseu, apresentando a ele a demanda da servidora relatando que o secretário de educação, por motivos “políticos” havia negado a licença para a servidora cuidar do filho no hospital. Adriano solicitou que juiz concedesse uma ação cautelar inominada que obrigasse o secretário de educação garantir para a servidora o direito da licença para acompanhar o filho bebê durante o tratamento de saúde. 

NEGATIVA DA JUSTIÇA

Mas para a surpresa do advogado Adriano, diante da urgência e da gravidade da situação, o juiz negou conceder a ação cautelar inominada para a servidora dizendo que ela que procurasse o ministério público. O advogado não entendendo a atitude do juiz o questionou calmamente: “Meritíssimo, é uma questão de urgência...Um caso grave...!”, no que então o juiz retrucou: “Essa criança não tem um pai?”, questionou ele, ao que o advogado argumentou: “Mas meritíssimo, uma criança nesta idade é natural que esteja acompanhada pela mãe. . .! ponderou Adriano, o juiz então de modo deselegante virou para o advogado e proferiu as seguintes palavras: “O senhor está ficando louco...?! Não entendeu o que eu disse!? Não vou conceder a sua solicitação...!”, soltou o juiz. 

Tudo isso aconteceu no interior do fórum de justiça de Dom Eliseu, diante de mais de meia dúzia de pessoas que testemunharam o fato, de forma que o Advogado Adriano, contrariado com a atitude do Juiz retrucou de forma veemente, antes de deixar as dependências do fórum: “Louco não...!!! O senhor me respeite, pois estou aqui no exercício da minha função. Louco é o senhor que está negando a uma mãe o direito dela acompanhar o filho bebê que precisa ser internado...!”, bradou o advogado saindo...

MINERAÇÃO EM RONDON DO PARÁ

População da região é informada sobre projeto 

Reuniões com comerciantes e empresários 
mostra o processo de implantação 
do plano de mineração de bauxita que 
prevê geração de emprego e renda 

WALQUER CARNEIRO 

A crise econômica se abate sobre os municípios da região compreendida entre Ulianópolis a Abel Figueiredo passando por Dom Eliseu envolvendo cinco municípios que até bem pouco tempo eram prósperos em decorrência da exploração da mata nativa, cujas atividades foram proibidas pelo embargo ambiental declarado pelo ministério do meio ambiente. O colapso financeiro se deu porque as administrações pública nos municípios da região não se prepararam para uma eventualidade desta natureza de forma que a população local foi pega de surpresa com o desemprego e o desaquecimento do comércio. 

Mas nem tudo está perdido, pois a possibilidade da implantação de um sistema de mineração vem renovando a esperança para a população dos municípios de Dom Eliseu e Rondon do Pará onde a economia passa por um declínio nos últimos cinco anos, e diante dessa situação a extração de bauxita, matéria prima para a fabricação de alumínio, poderá ser a saída, pois os municípios estão localizados em cima de uma das maiores reservas brasileira deste minério.


O empreendimento para a mineração de bauxita é levado a cabo pelo Grupo Votorantim Metais, que detém a licença de lavra para a região da Província Bauxitífera de Paragominas, que instituiu a Alumina Rondon, com base de operação instalada em Rondon do Pará, subsidiária para tocar o projeto para a exploração da mina de bauxita localizada na região onde estão localizados os municípios. 

O projeto está mobilizando a atenção da população, empresários e autoridades das localidades, e a equipe técnica da Alumina Rondon desenvolve uma série de reuniões com o intuito de difundir para a população a forma de implantação do projeto. 

Uma dessas reuniões, denominadas de Fórum Técnico da Alumina Rondon, aconteceu em Dom Eliseu no dia 5, quinta-feira, onde a equipe técnica, coordenada por Sérgio Oliveira, gerente de sustentabilidade da Alumina Rondon, mostrou aos ouvintes as principais característica do projeto que na fase de construção terá investimento de 6, 6 bilhões de reais, gerando 6.000 empregos durante quatro anos, tempo em que será erguida uma usina para selecionar a alumina. “Para cada emprego gerado na construção, quatro serão gerados na cadeia empresarial”, disse Sérgio. 

O empresário José Antonio Coutinho entendeu que intenção da Alumina Rondon é motivar a classe empresarial e trabalhadores a se prepararem para o projeto. “O projeto vem para contribuir com nosso município e a população tem que estar esclarecida para receber um empreendimento deste porte”, avaliou o empresário reconhecendo que tanto Dom Eliseu quanto Rondon do Pará não estão preparados para atender a demanda que será provocada pela implantação da mineração e usina na região. “Por isso é que eles estão vindo com bastante antecedência, para preparar a população, o comércio e os profissionais para que possam atuar nestas áreas”, concluiu ele. 

Tanto na fase de construção quanto na atividade de mineração e usinagem da bauxita será demandado um volume considerável de serviços, peças, equipamentos e mão de obra. Para o funcionamento da usina serão necessárias 1.600 pessoas. “Para usufruir disso toda a rede de fornecedores tem que estar devidamente preparada para atender ás necessidades do empreendimento”, falou Sérgio. 

O projeto Alumina Rondon está na fase de licenciamento prévio e uma das etapas é a realização de audiências públicas que acontecerá em Rondon do Pará no dia 25 e dia 26 em Dom Eliseu. “Nesta audiência pública reuniremos uma quantidade maior de pessoas que terão acesso as informações sobre implantação deste projeto na região”, finalizou Sérgio,”, para quem o importante é se aproximar das comunidades e tirar as dúvidas.

ASSOCIAÇÃO PROPORCIONA CURSO

Pintura em tecido integra comunidades

Pessoas de diversos bairros de
Dom Eliseu se encontram e se
conhecem a partir do curso de
pintura da Associação do Planalto

WALQUER CARNEIRO


No Bairro Planalto iniciativa de ações associativistas estão levando conhecimento e integração entre moradores de comunidades diversas a partir do empenho da líder comunitária Francisca Oliveira que vendo o potencial do movimento social de bairros resolveu empenhar tempo para organizar senhoras, jovens e adolescentes em cursos de artes manuais e artesanatos diversos através da Associação dos Moradores do Bairro Planalto que é coordenada pela Francisca.


Mais recentemente Francisca conseguiu a adesão de 21 pessoas para um curso de pintura em tecidos, que é uma das atividades mais atraentes no setor de associações de moradores. “São muitas mulheres adultas e adolescentes meninos e meninas que na parte da tarde não tem quase nada pra fazer e às vezes tem um sonho difícil de ser realizado, e a motivação foi mudar a história de vida de cada uma delas”, contou Francisca. 

Para ter direito a participar dos cursos da associação a pessoa tem que estar cadastrada na entidade e contribuir com mensalidade de R$ -10, recursos esse que são utilizados para financiar os gastos com o curso, mas a coordenadora busca doações junto as instituições públicas que garante parte do material utilizado no curso. “Algumas pessoas não têm como comprar todo material e então recorremos a doações”, explicou Francisca. 

A atuação da associação do Bairro Planalto recebe filiados de todos os bairros de Dom Eliseu, pois o propósito é difundir conhecimento e a cultura associativista, e para os participantes a experiência é gratificante porque revela que todos tem capacidade que desconheciam e a dona de casa Lindaura Gonçalves Lisboa, 51 anos, moradora no Bairro Tropical é um exemplo, ela nunca tinha estado com uma professora de pintura, mas sempre copiava olhando revistas e agora aprende detalhes com a explicação da professora. “A oportunidade está sendo muito boa, a gente aprende e aperfeiçoa, pois gosto pintar, mas não tinha a técnica, e a partir de agora vou poder treinar em casa”, disse ela. 

O estudante do segundo ano ensino médio Adanbergue Silva Araújo, 15 anos que pretende se formar na área técnica de designer de moda disse que o aprendizado é uma antecipação ao que ele quer ser no futuro . “Eu nunca tinha pintado, e a experiência está sendo muito boa, porque aprender técnica de pintura poderá contribuir mais tarde, e é muito bom se antecipar”, ponderou ele.


Lourismar Fernandes é ministrante do curso de pintura que é composto de 10 partes. Ela é pintora profissional e ensinar outras pessoas não é um tarefa fácil, mas é recompensador. “É difícil mas é gostoso, mas para isso precisa ter o dom, pois tem que deixar os problemas pessoais em casa, e eu gosto de ser professora de pintura, é o que eu gosto de fazer”, disse a pintora que recebeu R$ -200 por uma jornada de 10 dias de curso onde ela ensina passo a passo desde como fazer o desenho até a compor as cores, luzes e sombra. A contribuição mensal do associado da a ele o direito de participar dos cursos, pois com os recursos da taxa é feito o pagamento da professora, sendo que os alunos entram com os pincéis e as tintas e a associação colabora com o tecido conseguido através de doações.

POR QUE DILMA NÃO APROVA PROJETOS IMPORTANTES ?

É necessário maioria no congresso nacional 

Se o PT não tem o apoio sequer de 
alguns dos partidos de esquerda, como 
uns e outros pretendem que as 
reformas estruturantes sejam aprovadas? 

STANLEY BURBURINHO 

Para se aprovar um simples projeto de lei no Congresso Nacional, são necessários os votos de 257 deputados federais e de 41 senadores. Sabe também que para se aprovar uma Emenda Constitucional são necessários os votos de 308 deputados federais e de 49 senadores. Pois bem, o PT tem apenas 87 deputados (16,9% do total) e 12 senadores (14,8% do total). Logo, vê-se que o argumento de que o PT não faz reformas porque não quer fazê-las, ou porque tem medo, é uma falácia. 

Mas é preciso ir mais além. Aqui e acolá surgem idéias de alguns apressados (e equivocados) dizendo que o PT deveria aprofundar e tornar preferencial sua aliança com o PMDB, tornando-a mais sólida no Congresso Nacional, pois os dois maiores partidos garantiriam, com folga, as votações mais importantes. É mesmo? Nem que o PMDB fosse o partido mais coeso e fiel da face da Terra estaria garantido que apenas ele e o PT pudessem implementar sozinhos qualquer tipo de reforma! A soma de PT e PMDB garante 168 deputados e 32 senadores. Ou seja, não aprovariam nem um mísero projeto de lei. 

Agora vem o drama da esquerda. A esquerda (PT, PSB, PC do B, PDT e PSOL) não tem sequer 1/3 dos votos no Congresso Nacional. Destes menos de 1/3 dos votos o PT responde por pouco menos da metade. Pior do que isso é o fato de que em temas como a reforma política e a democratização dos meios de comunicação nem mesmo a esquerda é capaz de apresentar propostas conjuntas. O PSB e o PDT são contra a reforma política (já haviam votado contra em 2007) e contra uma Ley de Medios 'Made in Brazil'. Ou seja, é outra rotunda falácia dizer que o PT não faz reformas porque não quer fazê-las ou porque tem medo das mesmas. Se o PT não tem o apoio sequer de alguns dos partidos de esquerda, como uns e outros pretendem que as reformas estruturantes sejam aprovadas? Só se for com a famosa varinha mágica de condão... 

Seria até interessante ver em 2014, por exemplo, uma vitória do PSOL para a presidência da república. Plínio de Arruda Sampaio eleito e subindo a rampa com seus hipotéticos 10 deputados federais e hipotéticos 05 ou 06 senadores. Certamente em seis meses o Brasil veria a concretização das aspirações dos movimentos populares! Em seis meses teríamos a aprovação de todas as reformas progressistas de que o país necessita há décadas! Tirando a ironia, vale destacar que isso não valeria só para o PSOL, se vencesse o pleito de 2014 ou outro pleito qualquer, isso valeria e vale também para o PSTU, para o PSB, enfim, vale para qualquer partido político. Ou seja, a vida não é um mar de rosas e nem se passa numa película em preto e branco. A disputa política envolve uma série de mediações que jamais podem ser desconsideradas. Entre o slogan e a vida real existe uma considerável distância que só é vencida com o acúmulo de forças, não com palavras de ordem ou arrivismos.

PARA ACESSAR O FACEBOOK DO STANLEY
BURBURINHO  CLIQUE NA  FIGURA 

PARA TUCANO PUNIR MENORES É A SOLUÇÃO

Governador de São Paulo quer menor na cadeia 

Após declaração de Alckmin, ministro da Justiça
pede cuidado com debate sobre
maioridade penal. Proposta dessa natureza
representa 'atestado de incompetência' de um político. 


POR RODRIGO GOMES, DA REDE BRASIL ATUAL

São Paulo – Entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defenderam cautela no debate sobre maioridade penal. As observações foram feitas após declaração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre redução da maioridade penal, em meio ao calor provocado pelo assassinato de um jovem na zona leste da capital paulista. 

Alckmin defendeu hoje (11), durante conversa com jornalistas, mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para punir mais severamente os casos considerados graves e de reincidência. “Mais uma vez é um menor de 18 anos de idade. Ele vai ficar apenas três anos na Fundação Casa e vai sair com a ficha limpa, embora seja um caso grave e reincidente. Nós estamos preparando um estudo, um projeto e em 15 dias nós vamos enviar ao Congresso Nacional.” 

O debate foi motivado pelo assassinato do estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, morto por um adolescente de 17 anos, em um assalto na porta de casa, no Belém, zona leste, na última terça-feira (9). Na visão de movimentos da sociedade civil, a proposta não atacaria as causas da violência e não contribuiria para sua eliminação. Mais eficaz seria o cumprimento das obrigações do Estado brasileiro, com políticas públicas voltadas à preservação de direitos, como educação, cultura e trabalho. Sem isso, reduzir a maioridade penal seria apenas outro ato de violência. 

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recordou que a redução da maioridade penal viola a Constituição. "Em relação a ouras propostas (de Alckmin), vou me reservar o direito de analisá-las após o seu envio. Assim que eu conhecer o texto vou analisar e me posicionar", disse a jornalistas após participar de audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre violência. "São situações que nos atingem, nos entristecem, e nos instigam muito a desenvolver ações preventivas e repressivas. Mas precisamos ver quais são as melhores ações. Por isso quero examinar antes o projeto para me posicionar. Projetos de lei que respondem a situações têm de ser muito bem analisados e temos de tomar cuidado com o calor do momento. Por isso quero analisar antes de me posicionar.” 

O secretário de Gestão do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente de Interlagos (Cedeca), Tuto Wehrle, acrescenta que há um discurso contraditório na redução da maioridade. “Os mesmos setores que defendem a redução não se esforçam no sentido de ampliar as políticas públicas para atenção plena a essas pessoas. O sistema prisional adulto não chega a ser nenhuma alternativa às situações de violência que vivemos hoje no Brasil. Isso já foi dito por entidades internacionais, não é uma questão de um ou outro local, é todo o sistema. Aplicar aos adolescentes uma receita que já se demonstra ineficaz aos adultos não resolverá o problema”, sustenta. “O problema não está no final da linha, mas no início. O Brasil tem milhares de crianças e adolescentes em situação de total vulnerabilidade de seus direitos sociais. Serem alguns deles atores de atos infracionais é uma lógica absolutamente evidente. Sem resolver isso, podemos reduzir a maioridade penal infinitamente que não irá produzir resultados.” 

De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, aproximadamente 17 mil jovens cumprem medidas de privação de liberdade. Das 318 unidades de internação que existem no país, somente 41 estão adequadas aos padrões arquitetônicos estabelecidos pelo Sinase, com espaço para atividades físicas e a limitação a três jovens por dormitório, por exemplo. Dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 636 já municipalizaram seu atendimento, como determina a lei, ou estão em fase de implementação. 

MAIS DETALHES CLIQUE AQUI

DOENÇAS RARAS EM DEBATE

Saúde abre consulta pública sobre doenças raras 

Atualmente, o SUS conta com 
25 tratamentos protocolados e 
oferta de medicamentos para 
12 doenças consideradas raras 

AGÊNCIA BRASIL 

Brasília – O Ministério da Saúde abriu hoje (11) consulta pública do documento que estabelece diretrizes para a atenção integral e o acolhimento a pessoas com doenças raras. A ideia é que profissionais de saúde possam contribuir para a definição da Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). 

O pacote de ações deve oferecer atenção integral a pessoas com anomalias congênitas, problemas metabólicos, deficiência intelectual e doenças raras não genéticas. A assistência será estendida aos parentes dos pacientes. 

“Na prática, a criação desta política vai ampliar e melhorar o atendimento dos pacientes de forma humanizada na rede pública, com regras claras a serem seguidas pelos profissionais de saúde. Com as diretrizes, os profissionais – da atenção básica e da alta complexidade – terão um guia para organizar o atendimento e de verificação dos sinais e sintomas que devem ser percebidos, além das terapias aplicadas a cada caso.” 

Entram também em consulta pública as normas para a habilitação de hospitais e serviços que farão o atendimento a pessoas com doenças raras no país. O prazo para contribuições é de 30 dias. 

Atualmente, o SUS conta com 25 tratamentos protocolados e oferta de medicamentos para 12 doenças consideradas raras: angiodema hereditário, deficiência de hormônio do crescimento (hipopituitarismo), doença falciforme, doença de Gaucher, doença de Wilson, fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, ictioses hereditárias, síndrome de Turner, hipotiroidismo congênito e osteogêneses imperfeita. 

O conceito utilizado pelo ministério é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é que a doença afete até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. As doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas que variam de pessoa para pessoa. 

Especialista acreditam que existam entre 6 mil e 8 mil doenças raras, sendo que 80% têm causa genética. As demais têm causas ambientais, infecciosas e imunológicas, entre outras.

# VEREADORES CONTRA PROFESSORES #


Projeto do prefeito revolta professores 

Prefeito Joaquim Nogueira elabora
projeto que prejudica professores
e oito vereadores de Dom Eliseu
aprovam a lei que diminui salários

WALQUER CARNEIRO


Policiais para conter manifestação atiraram nos professores que protestavam

Na terça-feira (26) à noite trabalhadores em educação pública do Município de Dom Eliseu que protestavam em frente a câmara de vereadores foram dispersados pelo grupo tático da PM de Paragominas. A manifestação ocorreu em decorrência da votação do Projeto de Lei 004/2013 enviado pelo prefeito municipal de Dom Eliseu, Joaquim Nogueira a câmara de vereadores que prevê a reformulação do PCCR – Plano de Cargos Carreira e Remuneração, dos servidores da educação pública municipal.

O PCCR foi elaborado em 2007 em conjunto com o Sintepp e administração municipal e aprovado em 2010 pela legislatura daquele período e sancionado pelo atual prefeito reeleito. 

Para o vereador Pedro Mesquita, que votou contra o projeto a lei, da forma que foi aprovada causará transtornos para a atuação dos professores. “Não dá para entender uma decisão desta natureza que vai contra a lógica trabalhista que não permite a diminuição de salários, ainda mais que as bonificações são garantias legais”, falou Pedro que também é professor. 

De acordo com coordenadores do Sintep – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, a reformulação propõe a redução de níveis de cargos de 5 para 3, neste item o projeto extingui o nível de pós graduação pelo qual o professor recebe um incentivo de 30%, diminui, também porcentagens de vantagens em decorrência do grau de qualificação, o adicional de incentivo profissional e a gratificação de difícil acesso. 

A ação da PM começou logo após o fim da sessão e aprovação do projeto quando os vereadores começaram a sair do recinto e a multidão começou a vaiar e vociferar palavras de protestos contra os edis, e ato seguinte a PM começou a disparar bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes deixando mais de uma dezenas de pessoas feridas, entre elas idosos e crianças.

Depois da agressão os manifestantes atearam fogo na Br-010
Em contato com a assessoria de imprensa da câmara e da prefeitura a reportagem foi informada que a decisão de reformular o PCCR foi tomada em decorrência puramente preventiva, pois da forma em que o plano estava constituído poria em risco o pagamento futuro dos servidores da educação pública já que parte das gratificações e bonificações são progressivas conforme o nível de formação do educador, sendo que a tendência é aumentar a quantidade de professores e o nível de formação. 

Pedro Mesquita disse que o problema é que os recursos da educação são mal gerenciados e a solução encontrada para adequar a folha de pagamento foi reduzir os vencimentos dos trabalhadores. “Junto com o Sintepp fizemos um levantamento da folha e chegamos a conclusão de que há recursos suficiente para manter os salários atuais, e a administração não disse o que fará com cerca de 200 mil reias que será economizado com a redução salarial”, declarou o vereador para quem a retirada dos direitos desmotivará o professor na sala de aula. “A perda salarial da categoria será em média de 500 reais, com os quais os professores já fizeram compromissos”, finalizou o vereador. 

Após a agressão sofrida pela polícia a turba enfurecida juntou pedaços de madeira, lixo e pneus velhos acenderam uma fogueira bloqueando a Br-010 e em seguida foram até a prefeitura com a intenção de depredar o prédio e mais uma vez forma dispersados pela PM.

VEREADORES QUE APROVARAM A LEI

Ao alto da esquerda para a direita: Cinélia, Irmão Edimar, Maria José,  Genilson;
Acima da esquerda para a direita: Pereira, Izanete, Ildemar, Zé Pedro.
A câmara de vereadores de Dom Eliseu é composta por 13 membros, e, destes, quatro se posicionaram contra o projeto, e nove a favor. Os vereadores favoráveis foram Irmão Edimar (PTB), Maria José (PSDB), Pereira (PMDB), Cinélia (PMDB), Izanete (PTB), Paulo Cesar (PDT), Genilson (DEM), Ildemar (DEM) e Zé Pedro (PMDB), este que não compareceu na sessão de votação e aprovação do projeto 0004/2103. 

Nos seis dias que antecederam à votação e aprovação do projeto grupos de professores foram até os vereadores citados a cima com o objetivo de sensibilizá-los a não votarem no projeto ou até mesmo modificar o teor do mesmo para que não prejudicasse tanto os servidores, mas os professores não tiveram êxito no intento e chegaram até mesmo a serem mal tratados por certos vereadores. Mesmo assim mantiveram-se a esperança de que os nove contra fizessem modificações para no mínimo darem demonstração de serem, mesmo que aparentemente, um poder realmente independente e não subserviente ao executivo. 

O fato dos nove vereadores não terem feito modificações que permitisse menos perdas para os professores foi um flagrante exemplo da falta de preparo para exercerem seus mandatos de forma autônoma

DE ONDE SAIU O PLANO 

Desde o mês de novembro de 2012 que os coordenadores do Sintepp tinham conhecimento de que o prefeito planejava efetuar uma mudança radical no PCCR da educação, mas o Sintepp não acreditava que isso fosse feito sem a presença de representantes dos trabalhadores em educação publica do município. Todavia contra a expectativa dos professores e o bom senso a nortear a convivência pacífica e democrática o secretário municipal de educação, Roque Rodrigues Filho resolveu elaborar o projeto a revelia dos trabalhadores em educação e para isso ele contratou o advogado Claudemir Vieira e convocou o professor Jardsdon Doney Gonçalves, presidente do conselho municipal de educação que atua como técnico na secretaria de educação para urdirem em surdina o plano prejudicial aos professores. 

Claudemir também foi o mentor de um plano semelhante para a secretaria municipal de Itinga Maranhão, mas os vereadores daquele município tiveram a coragem de fazerem modificações no plano original tornando o projeto menos maléfico para os professores de Itinga Maranhão, mas todavia Claudemir foi execrado pela população sendo afastado do setor público da educação e acabou sendo adotado pelo secretário de educação de Dom Eliseu para fazer dupla com Jardson Doney.  


Claudemir Vieira           Jardson Doney


REFLEXÕES DE UM CRISTÃO

  Eu sou cristão, de modo que no meu proceder, em meio a sociedade plural, me esforço para pautar meu comportamento de acordo com o que Jesu...