CONCRETA POESIA DE CABRAL

João Cabral de Melo Neto transformou a poesia em pedra

Eu descobri João Cabral já tarde na vida,
me espantei logo que li, e
todas as vezes que o leio
me surpreendo ainda mais

WALQUER CARNEIRO


O pensamento transformado em palavras é algo, assim, como mágica transcendendo o imaginável e, por mais que possa parecer contraditório, torna real a imaginação. Quando a palavra se torna poesia aí então não há como descrever a sensação que flui no sentimento, e isso fica muito evidente na poesia do grande poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto que entregou sua poesia aos apelos do concretismo.
A poesia é transmissão da emoção na forma compacta, e os poemas de João Cabral entram na alma explode e se expande causando uma espécie de overdose delirante, e diante desta constatação eu então compus  um poema em homenagem a esse gigante da poesia concreta. 

DE JOÃO SEVERINA E A FACA


Um homem das letras João
Cabral de Melo Neto entrou
Nas brumas do inconsciente e
Bramou bravo episódio da vida
Bruta em poema tenso, negro
Real, sobrenatural e inquieto.

Na luta destino lavrador Severino
Desfiou-se rústico rosário de
Dor vivida sofrida  alma penada
E mesmo que viva era morta
Sobre a seca terra que lavrava
Com enxada idílico fadário

Severino era a figura concreta
Saída da seca mente inquieta
Do João triste que se fez poeta
Pensador cruel da triste história
Infame e inglória trajetória
Denúncia pronta somente.

Cabral que de uma lâmina só
Faca sentiu afiada imaginação
Fluída e sólida rima de espinhos
Rasgando espírito que estéril
É bainha para versos sempre frios
Segurando no solo idéia alada.

Qual poeta procurou compor
Palavras pesadas puras pedras
Que pesa na alma como fina faca
Cortando o lirismo plangente ?
Só João poderia sê-lo e, entretanto
Afiar a dor de letras bem amadas.

Dos poemas de Cabral apesar de
Mostrar-se duro como morte                     
Severina feita para faca bainha
Fica claro nas entrelinhas fonte
De vida jorrando entre as pedras
Puras indicando para o futuro. 

EM TEMPO:
Para ler João Cabral de Melo Neto clique AQUI.

A IMPRENSA QUE TEM LADO

Para a grande imprensa aos amigos a condescendência

A imprensa tem que ter o mínimo de decência e
compromisso com a verdade, doa a quem doer,
mas para os grandes meios de comunicação
apenas um lado merece ser fiscalizado  

WALQUER CARNEIRO


Estava  dando uma passeada pelos blogs que eu sigo quando me deparei com um poderoso texto de Eduardo Guimarães postado no Blog do Miro do grande ativista da imprensa comprometida com a honestidade das informações jornalísticas que só os meios de comunicação alternativos podem publicar, e me refestelei com um artigo analisando a cobertura que a imprensa tradicional dá aos fatos de desvios condutas dos governantes brasileiros.

O que me chamou a atenção foi a observação que Eduardo faz sobre os procedimentos desta imprensa conservadora e reacionária em relação ao tratamento que ela dá aos governos do PT e aos governos do PSDB, usando dois pesos e duas medidas. É impressionante como ele aborda a questão, pois o que fica claro é que de acordo com essa imprensa imperialista a corrupção existe apenas nos governos do PT, e o que fica subentendido quando se acompanha, dia a dia, as noticias nos grandes jornais e televisões do Brasil é que onde o PSDB e DEM governam não existe corrupção, e em certo ponto do seu artigo Eduardo desabafa:

“Estive em Belo Horizonte recentemente, em encontro com outros blogueiros locais, e fiquei espantado com o pavor que as pessoas dedicam ao coronel mineiro, Aécio Neves, que, com o apoio do imprensa local, promove toda sorte de abusos, roubalheiras e intimidações.

Em São Paulo, a situação não é tão escandalosa. Aqui, o PSDB pode apenas roubar à vontade sem ser incomodado pela imprensa. Não há intimidação física dos adversários, como em Minas, onde há relatos de violência contra quem conteste a família Neves.”

Ele  deixa claro no seu texto que para a imprensa imperialista os amigos desta podem tudo,  enquanto os adversários são achincalhados sem ao menos o direito de se defender,  como garante a constituição federal, e desde já eu antecipo que não é o caso de passar a mão na cabeça de quem está  errado, porém o tratamento que essa imprensa conservadora dá aos governos petistas deveria dar também  aos tucanos e demos, já que existe fartos indícios de graves irregularidades em todos os governos de todos os partidos, e nenhum político,  seja ele do executivo ou do legislativo,  agüentam uma investigação mais apurada, e Eduardo dá alguns exemplos no seu artigo intitulado A máfia midiática e os militontos. Clique AQUI para acessar o texto completo. 

Para conferir o Blog do Eduardo Guimarães clique MAIS AQUI.

NASCIMENTO FORA

Nascimento pede licença depois de reassumir mandato de senador


Alfredo Nascimento não será remunerado
durante o período de afastamento dos
trabalhos legislativos e se manterá afastado
do processo de negociação para a sua substituição


FONTE: AGÊNCIA BRASIL


Brasília – Dois dias depois de reassumir o mandato no Senado, o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM) requereu hoje licença da Casa para o período de 7 a 18 deste mês, para tratar "de interesses particulares". A Constituição dá ao parlamentar direito à licença sem que o suplente, João Pedro (PT-AM), assuma vaga. Com isso, Nascimento só retornará ao Senado em agosto, após o recesso parlamentar, que começa justamente no dia 18.


Alvo de denúncias de envolvimento em esquema de superfaturamento em obras públicas e cobrança de propina em órgãos vinculados ao Ministério dos Transportes, Nascimento pediu demissão do cargo. Estão previstas para a semana que vem audiências públicas nas comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado e em três comissões da Câmara dos Deputados para que ele explique as denúncias publicadas pela revista Veja desta semana.


Alfredo Nascimento não será remunerado durante o período de afastamento dos trabalhos legislativos. Ontem (7), o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), afirmou que o senador licenciado e presidente do partido vai se manter afastado do processo de negociação com a presidenta Dilma Rousseff para a escolha do seu substituto no Ministério dos Transportes.  

LIXOS ATÔMICOS

Radioatividade,  preocupação para 200 anos

O competente jornalista Jaime Sautchuk
escreveu um excelente texto
mostrando a realidade sobre
a dificuldade de dar  fim nos resíduos atômicos

FONTE: PORTAL VERMELHO
Clique AQUI para acessar o portal Vermelho

Vacinado pelo acidente do Césio 137, há 23 anos, Goiás não quer saber do lixo atômico das usinas de Angra dos Reis. Mas, sem querer, levantou com força um debate que é mundial, sobre o que fazer com os materiais radioativos dispensados por usinas energéticas e pelos arsenais dos países que detêm bombas atômicas, em especial Estados Unidos e Rússia.

Abadia de Goiás, localidade a uns 50km de Goiânia, é depositária dos restos do Césio 137. Há, ali, um depósito para este fim, que mereceu, entre outras reações, aquela famosa escultura das cruzes, de Siron Franco. Ademais, por conta disto, virar hospedeira da escória do mundo, é muito outra história.

O caso do Césio de Goiânia é classificado como acidente nível 5, numa escala mundial que vai de 1 a 7. E foi, digamos, um acidente fútil, quase doméstico. O produto radioativo estava em um aparelho de radiologia de um hospital abandonado. Catadores de ferro-velho abriram o tubo e a desgraça estava feita.

Imaginemos, então, outros acidentes de maior porte. O de Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos, o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 e o de Fukushima, outro dia, no Japão. Todos eles em usinas de geração de energia elétrica, mas classificados no nível máximo de gravidade.

Esses todos foram acidentes ocorridos. Mas o depósito Abadia de Goiás foi apontado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, a CNEM, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, como o provável cofre para guardar os restos do urânio relegado pelas usinas de Angra I e II, que não serve mais para gerar energia, mas continua radioativo.

Ou seja, todo material radioativo tem o que a gente pode chamar de prazo de validade. Isto serve tanto para o usado docilmente nas usinas térmicas, como para as ogivas que aguardam genocídios dentro de algum dos 23 mil mísseis que se supõe estejam armados ao redor do mundo.

Esse é um problema da maior gravidade, pois os países que produzem esse lixo ou não sabem onde armazená-lo ou sabem demais. Há sérias suspeitas no meio científico, por exemplo, de que bases militares dos Estados Unidos e de outros países, espalhadas pelo Planeta, acobertem depósitos de lixo atômico.

Onde estarão as ogivas engatilhadas pelos EUA e pela antiga União Soviética nas várias décadas da Guerra Fria? Boa parte daquele arsenal perdeu validade para sua finalidade, mas conterá radioatividade por mais 200 anos. Armazenar isso tudo não é coisa simples.


Para se ter uma idéia, o material que teria sido contaminado pelo Césio em Goiás pesa cerca de 6 mil toneladas. Tem de tudo o que se imaginar, de utensílios domésticos, roupas, brinquedos, bicicletas e até carros.

Essa tralha está guardada em Abadia de Goiás, em 1200 cofres (caixões) de madeira e metal, 2900 tambores de metal e 14 contêiners de metal, do tamanho de vagões de trem. Tudo fechado por grossas paredes de concreto armado, a 30 metros de profundidade.

Se no caso de um aparelho hospitalar o estrago foi desse tamanho, não é preciso relembrar a desgraceira de Chernobyl. Nesses casos, porém, estamos falando em situações em que o material radioativo já vazou. É preciso capturá-lo, não apenas guardá-lo.

No caso do lixo de usinas, com Angra, e de armas, contudo, supõe-se que o material esteja adequadamente acondicionado, já enterrado ou aguardando lugar para ser depositado. Qualquer descuido, porém, poderá provocar vazamento, e pronto.

Evitar ser depositário desse lixo, pois, é o melhor que se faz. É unanimidade em Goiás. Políticos de todos os partidos, empresários, trabalhadores, estudantes, cientistas, todos, enfim, enjeitam a oferta da CNEM.

É como se dissessem: goiano n’é besta não, sô!

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ECONOMIA

Inflação esfria, geração de emprego e rendanão

A revista Carta Maior traz matérias
esclarecedoras sobre a situação
atual da economia brasileira
nos setores do trabalho e empresarial

CARTA MAIOR 

Os esforços do governo contra a inflação, com aumento de juros do Banco Central, encarecimento dos empréstimos e ações específicas para conter o preços dos combustíveis e dos alimentos, começam a dar resultados mais acentuados. 

Na primeira prévia da inflação de junho, divulgada na última terça-feira (21/06), o aumento de preços perdia fôlego. 

Atingia 0,23%, um terço do que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) verificara um mês antes (0,70%). A inflação fechada de maio já havia caído bem em relação a abril, e a equipe econômica apostava que, a partir de junho ou julho, desaceleraria ainda de modo mais firme, o que os dados iniciais estão a indicar. 

Apesar destes números – que de certa forma sinalizam esfriamento da economia - o mercado de trabalho ainda não foi comprometido. A geração de emprego formal em maio foi a terceira maior da história para aquele mês. Já o salário médio nas seis principais regiões metropolitanas foi recorde. Mas o tema “salário” também é motivo de desconforto para os brasileiros. Ao menos para os de renda menor. 

Uma pesquisa internacional mostrou mais uma vez o que muita gente já sabe. O Brasil alivia a mão, na hora de cobrar imposto dos mais ricos. Mas não maquiando taxa dos mais humildes. 

Informações detalhadas sobre emprego, salário e impostos, o leitor confere neste boletim especial, que conta ainda como o governo Dilma aliou-se aos fundos de pensão para peitar os bancos e tentar rolar a dívida pública pagando juros menores; e como o Brasil vai seguir decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, enfim, discutir estender aos empregados domésticos os mesmos direitos constitucionais assegurados aos trabalhadores comuns.

PARLAMENTO EM TRANSE

Assembléia legislativa paraense sob suspeita

Um odor fétido exala
dos gabinetes da casa de
leis do estado do Pará e
muita gente boa está
tremendo de medo

WALQUER CARNEIRO C/ BLOGS


O parlamento paraense vem passando por  uma devassa feita pelo ministério público que investiga desvios de recursos públicos efetuados naquela casa que devia cuidar para que a coisa pública tivesse destino orientado para beneficiar o cidadão. De acordo com as investigações personalidades de alta patente estão sob suspeita de envolvimento nos desvios de dinheiro feitos a partir da manipulação da folha de pagamento e fraudes em licitações. Os desvios chegariam a 80 milhões de reais nos últimos quinze anos.

Mais de uma dezenas de pessoas estão sendo inquiridas pela justiça e estão tendo dificuldades de se explicarem diante das evidencias, além de empresas que eram usadas como laranjas para justificar os desvios de dinheiro da Assembléia Legislativa do Pará (ALEPA), até o governador Simão Jatene foi envolvido no caso, pois um dos maiores suspeitos de comandar todo o esquema, Sergio Duboc, foi alçado pelo governador como  diretor do Detran do Pará. Duboc foi diretor financeiro da Alepa no período 2003/2007, quando o agora senador Mario Couto (PSDB) era deputado estadual e presidente daquela casa. Mario couto é um dos peixes graúdos que está todo enrolado na malha de falcatruas da Alepa.   Outro que teve seu nome suspeito de  envolvimento no esquema de desvio de dinheiro é o ex-deputado Domingos Juvenil que é do PMDB, partido que no Pará é comandado por Jader Barbalho. Juvenil foi presidente da Alepa de 2007 a 2010, de onde saiu para disputar a vaga ao governo do estado.

Muitas outras personalidades da política paraense estão sob suspeita nesta investigação, além de técnicos executivos, pessoas de confianças dos políticos,  que exerciam cargos de relevância na assembléia, sobre esses,  possivelmente,  cairá as responsabilidades e as punições. 

Para saber mais clique AQUI, mais AQUI e ainda AQUI

ZERANDO VÍCIOS

Programa de governo para curar dependentes de drogas

Comunidades Terapêuticas
integrarão rede
pública para tratar
dependentes químicos

BLOG DO PLANALTO


A presidenta Dilma Roussef determinou a constituição de um grupo de trabalho sob liderança da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para preparar legislação que permita a inclusão de comunidades terapêuticas no atendimento aos cidadãos dependentes de substâncias químicas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (22/6), durante reunião com representantes destas entidades ocorrida no Palácio do Planalto. De acordo com pastor Wellington Vieira, que preside a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), existem no país cerca de 3 mil comunidades que cuidam de aproximadamente 60 mil dependentes químicos.

“Estas entidades atendem atualmente cerca de 80% das pessoas que estão em tratamento”, disse o pastor Vieira.

A titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Paulina Duarte, informou que a reunião atende pedido da presidenta Dilma com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades. A partir deste momento será estabelecido programa que vai incluir as entidades na rede pública para tratamento de dependentes químicos. Assim estas comunidades passam a receber recursos públicos para prestar o serviço.

Numa outra frente, segundo a secretária, o grupo de trabalho vai reformular uma resolução da Anvisa, editada em 2002, para incluir mecanismos permitindo esta participação das comunidades terapêuticas. “A resolução será revista e revisada integralmente”, disse Paulina.

Experiência pioneira – Integrante do grupo de representantes de comunidades terapêuticas recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o prefeito de Cachoeirinha (RS), Vicente da Cunha, classificou como “muito elogiável” a iniciativa da presidenta de convocar a reunião. Ex-dependente químico e há 15 anos de “cara limpa”, como define, Vicente acredita que o interesse da presidenta em incluir as comunidades terapêuticas em um programa nacional de saúde que será lançado em breve demonstra que o governo federal “chama para si” a responsabilidade pelo tratamento das pessoas dependentes de drogas.

Cachoeirinha, integrante da região metropolitana de Porto Alegre (RS), é o primeiro município a contar com uma comunidade terapêutica pública (CTP), a Reviver. Administrada pela prefeitura da cidade, a CTP começou a funcionar em abril deste ano e atende 30 homens dependentes de drogas.
 “A iniciativa da presidente é muito elogiável ao ponto de que chama para si a responsabilidade, para o governo federal, na sua presença, com os ministros da Casa Civil, da Saúde e da Justiça (…), de combater essa grande chaga social, que é o álcool e as drogas.”

REFLEXÕES DE UM CRISTÃO

  Eu sou cristão, de modo que no meu proceder, em meio a sociedade plural, me esforço para pautar meu comportamento de acordo com o que Jesu...