METAFÍSICA

Da Morte e a Efemeridade da Vida


A vida se esvai no passo lento do tempo
e mesmo não querendo ela
contradiz a vontade e a
extinção chega implacavelmente

WALQUER CARNEIRO

Nos últimos dias, em minhas pesquisas e leituras diárias, tenho me deparado constantemente com um tema que a maioria dos mortais resistem muito em abordar, e que quase nunca faz parte das conversas e bate papos entre as pessoas. A ausência de vida em relação ao ser humano. A morte.
Então eu resolvi abordar esse tema em conversas com amigos e também com desconhecidos, e a reação foi sempre a mesma, todos se desviavam do teor da conversa após concluírem a primeira frase, e quando eu teimava em voltar ao assunto as pessoas se manifestavam apenas com monossílabos, por isso resolvi escrever esse artigo.

Devo deixar registrado aqui que eu tenho uma relação muito cordial com a eminência da morte física, e como acredito em Deus procuro levar a minha efêmera existência de acordo com o que Ele quer, para que eu possa prolongar ao máximo minha vida física neste planeta, percebendo que Seus planos fogem ao meu entendimento, mas, como todo ser humano, procuro compreender essa relação da dualidade humana, vida e morte, espírito e matéria.

A morte é uma condição, porém ao contrário de sentimentos como alegria, paixão, amor, saudade, tristeza, solidão, não há explicação psicológica para tal condição,tão pouco a ciência tem uma resposta definitiva sobre a morte, apenas a religião se atreve a dar um sentido para a finitude da existência.

Na verdade o tema “morte” é muito doloroso quando não temos um embasamento filosófico ou religioso/espiritual para suportar a idéia da cessação da vida, já que no íntimo de todos os seres humanos existe a vontade inerente de viver sem, no entanto, precisar morrer. É muito difícil de aceitar a condição de mortal, pois como seres criados por Deus, que é infinito, temos a consciência dessa infinitude, e o fato de não usufruir desta eternidade causa em nós uma frustração, pois a morte também nos traz o temor de sermos esquecidos, e que mesmo as vicissitudes não mais nos afetará.
De acordo com o livro de Eclesiastes os mortos não sabem coisa alguma, e a esses não haverá nenhuma recompensa, sua memória jaz no esquecimento, e a recordação deles foi esquecida, para sempre os que morreram não terão parte mais em nada, disse o escritor de Eclesiastes, inspirado por Deus. (Eclesiastes 9:4, 5,6).

No meu caso a primeira vez que me deparei com a morte foi quando eu tinha 11 anos, na ocasião, andando pela rua, eu avistei uma mulher chorando e se lamentando acompanhada com quatro crianças que caminhavam na mesma direção que eu, sendo que resolvi segui-la, e logo adiante eu me deparei com uma multidão que se aglomerava em volta de alguma coisa. A mulher desesperada abriu espaço por entre as pessoas e eu fui junto para ver o que estava acontecendo. Foi quando olhei para baixo vi um corpo de barriga para cima, no rosto uma expressão paralisada de dor e medo, com as duas mãos, como que segurando o ar com esforço, levemente levantadas em relação ao corpo e uma grande faca, a qual eu só vi o cabo branco, enfiada no lado esquerdo do peito do homem. Até então eu nunca havia visto uma pessoa morta, mas no mesmo instante eu entendi a situação, e lembro-me, como se fosse hoje, foi como se me faltasse o chão, e eu ali olhando para aquela cena. Só sai do torpor quando a mulher aos gritos se atirou sobre o cadáver clamando.

A morte vista desta forma me fez entender, mesmo que inconscientemente, que a cessação da vida transforma o ser em nada. Pois tudo a volta daquele cadáver parecia fluir e transbordar energia dinâmica, e nela havia apenas prostração estática com uma passividade apavorante diante da mulher que chamava pela vida do defunto.

A morte física faz com que cesse também a consciência e isso é o que mais incomoda ao pensarmos na dita cuja, porém o corpo humano, como toda a matéria, é composto por elementos que são constantes em tudo que existe em qualquer lugar do universo, como o carbono, hidrogênio, oxigênio, minerais como o ferro, zinco entre outros. Não há diferença da nossa composição química humana em relação com a composição do planeta terra, o sol, a lua ou com qualquer outro corpo sólido, gasoso ou liquido que exista no universo. Tudo que existe é formado por átomos, que é energia pura e não se dissolve, apenas se transforma.

Ainda em Eclesiastes ( 12: 7 ) fica claro como os antigos compreendiam essa relação dos elementos da natureza com o ser humano, a morte e a divindade de Deus como aquele que contém todas as coisas. O escritor de Eclesiastes fala de forma simples que a matéria volta a terra de onde foi tirada, e o espírito, que é a força da vida, volta para Deus que o deu. Como há vida no núcleo do átomo, que é pura energia, e essa força vem de Deus, podemos então dizer que após a morte viveremos em Deus que é a consciência universal.

O que eu quero dizer, em termos físicos e diante do raciocínio meramente humano, é que os elementos que compõe a matéria não perecem, e a eternidade e infinitude humana desejada acontece através da fecundação na união dos dois gêneros humanos, enquanto matéria, na perpetuação da vida humana enquanto espécie coletiva, e não individual. Portando, mesmo cessando a vida consciente continuaremos, como matéria e energia, a existir como elementos básicos, pois Deus, que se basta a Si mesmo, na sua infinita bondade permitiu que nós compartilhássemos conscientemente com ele por um pouco de momento, e que mediante a fé esperamos renascer.

Eclesiastes finaliza com a seguinte orientação, Teme a Deus, e segue teus mandamentos, pois Ele irá julgar a todos pelos seus atos ( Eclesiastes 12: 13, 14 ), porém digo a todos que lêem este artigo, a leitura da Bíblia é muito proveitosa para nos direcionar no raciocínio correto para encararmos a morte com mais naturalidade, pois na Bíblia você encontra a essência de Deus e registros históricos que orienta quanto a questão da finitude de nossa existência enquanto individuo, e confortando quanto a efemeridade da vida terrena com promessas de vida eterna para os que crerem, e para mim isso serve de consolo.


CALÚNIA

Senador acusa Anatel de querer espionar usuário

Pautado por um jornal de alta circulação
senador acusa órgão de fiscalização das
telecomunicações de supostamente
montar equipamento para quebrar sigilo

WALQUER CARNEIRO

Temos que tomar muito cuidado com personalidades políticas que resolvem atuar pautados por informações de jornais, revistas ou televisão, ainda mais quando se trata de um senador que tem que zelar pela integridade da imagem da instituição. Esse é o caso do Senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná, que recentemente  pediu ao Ministério Publico que investigasse a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações – em relação a compra e instalação  de equipamentos com aplicativos que possibilitaria que o órgão tivesse acesso irrestrito a informações sigilosas dos usuários de telefones . Porém a solicitação do senador foi motivada por uma denúncia feita através de uma reportagem no jornal Folha de São Paulo.

Em uma entrevista aos repórteres Lúcio Lambranho e Artur Filho, da Agência Senado o Senador disse que “há um risco real de vazamento desses dados quando essa medida for adotada pela agência reguladora.  É evidente que a hipótese de vazamento existe”, disse o senador.
No entanto o senador esqueceu-se de dizer que a  Anatel já faz fiscalização semelhante desde a sua criação e que a agência está apenas mudando o sistema, que antes era feita através de fita magnética, e que agora toda a leitura de dados serão feitos digitalmente, e que  dessa forma o órgão poderá dar uma resposta mais rápida e eficiente em relação à reclamações dos usuários e clientes das operadoras, como o leitor poderá conferir abaixo.

ANATEL SE ESCLARECE

De acordo com uma nota de esclarecimento da Anatel o que a agência está fazendo é a instalação de computadores  com aplicativos que irão processar informações brutas de mídias repassadas pelas operadoras. Esse equipamento terá a finalidade de acompanhar o volume bruto de ligações feitas e recebidas por determinado número de telefone  através de determinada operadora, bem como o volume de recursos financeiros mobilizados por cada empresa através de determinado número telefônico,   para que a Anatel possa acompanhar a variação dos valores das tarifas cobradas, e também, com o equipamento a agência poderá fazer verificações a partir das reclamações dos usuários.
Os equipamentos são necessário,  pois as formas e origem de ligações variam muito, e a checagem periódica que  era feita através de fitas magnéticas, a partir da instalação dos novos equipamentos a leitura passa a ser digital. Os aplicativos foram adquiridos com a finalidade de fiscalizar os serviços de telecomunicações de forma mais efetiva e eficiente, para que o usuário possa ter respostas mais rápidas para suas reclamações.
O mais importante é que o aplicativo permite verificar apenas o volume de ligações e valores,  mas não poderá acessar o nome ou qualquer dado cadastral do usuário, fato esse que põe por terra a denuncia da Folha e a declaração do senador  Álvaro Dias de que será necessário uma investigação do ministério público.

O mais preocupante é que o  senador Tucano pautou sua declaração  baseada na denúncia de um meio de comunicação que cria factóides com fins sensacionalista para incrementar a vendagem do jornal. E pior,  o jornal utiliza-se do expediente de redigir suas matérias cruzando meias verdade com suposições a fim de induzir o leitor a acreditar que a Anatel tem como objetivo espionar o cidadão, porém uma análise mais acurada da reportagem pode-se levar a conclusão  que o objetivo é criar um fato para impedir a instalação do equipamento para dificultar a fiscalização das operadoras pela Anatel.  

Para que o senador pudesse entender o básico sobre o novo sistema de monitoramento de chamadas e ligações da Anatel ele poderia simplesmente ter solicitado um esclarecimento formal da Agência, porém como o seu partido está mais perdido do que cego em tiroteio, com rachas por disputa de poder internos, e sem direção por causa da derrota nas últimas eleições ele precisa se posicionar para ao menos garantir um pedacinho de mídia. É isso. Ou não. Como diria Caetano.  

RECORDE DE EMPREGO


Lula ultrapassa compromisso assumido

Criar empregos para
garantir a cidadania e tirar
o trabalhador do submundo
do sociedade foi meta cumprida
com louvor pelo governo Lula

WALQUER CARNEIRO

De acordo com informações contidas no CAGED - Cadastros Geral de Empregados e Desempregados – , em 2010 foram criados 2.524.678 de empregos formais, esses números foram além da meta 2,5 milhões prevista pelo governo federal.

A geração de emprego sempre foi uma das grandes preocupações do governo Lula, levando em conta que antes de 2000 ele insistentemente afirmava, reiteradamente,  que o país necessitava criar 10 milhões de emprego , e nos oito anos de mandato ele conseguiu provar que era possível atingir a meta para que a nação iniciasse uma era de ciclos virtuosos para, em duas décadas, tirar da condição de estagnação social a massa de trabalhadores desempregadas e na classe de subemprego.

Durante os oito anos de governo Lula registrou-se gradativamente um aumento na geração de emprego. De 2001 a 2003 foram 3.316,248 empregos, enquanto nos seis últimos anos do governo de Fernando Henrique  (1995 a 2000) foram criados 2.561.388 empregos, praticamente a mesma quantidade criado somente em 2010, último ano do governo Lula. Já o governo Lula no período de 2001 a 2006 criou 8.926.570.

O crescimento na oferta de emprego aconteceu em face das políticas sociais de transferência de renda que permitiu que a massa passasse a adquirir bens industrializados e consumir mais alimentos,  fazendo com que houvesse um aquecimento na produção que levou à necessidade de contratação nas  empresas, e em conseqüência foram criadas mais empresas de serviços e terceirização, enquanto o comércio varejista também passou a contratar, e além do crescimento das exportações a partir do momento que o governo passou a atrair parceiros comerciais da Ásia e da África e fortalecendo os laços comerciais com os vizinhos da América Latina,  num efeito cascata benéfico que levou o governo Lula a esse circulo virtuoso, mostrando o caminho para equacionar a questão da pobreza e da miséria no Brasil.   

O único setor que fechou no negativo nas contas de geração de emprego no último ano do governo Lula (2010) foi a agricultura com 2,5 mil empregos à menos, e isso por causa da mecanização do setor, porém a pesquisa do CAGED não computa a quantidade de colocações rurais criadas através da agricultura familiar em assentamentos e ocupações em decorrência do movimento da reforma agrária, principalmente na região norte.

Porém a certeza é que em 2010 o número de emprego com carteira assinada foi recorde de todos os tempos ultrapassando 2 milhões em um ano.

REFLEXÕES DE UM CRISTÃO

  Eu sou cristão, de modo que no meu proceder, em meio a sociedade plural, me esforço para pautar meu comportamento de acordo com o que Jesu...