O FUNDO ELEITORAL EXISTE POR NOSSA SOCIEDADE SER TÃO DESIGUAL

A hipocrisia sobre o fundo eleitoral necessário, mas tão repudiado

O fundo eleitoral é
uma distorção advinda
das disparidades
entre classes sociais do Brasil 

WALQUER CARNEIRO

Jorge Kajuru afirmou: “Quem votar a favor de tirar verba da saúde para o Fundão é inimigo do Brasil!” 
Esse cara é um hipócrita! Como são os caras do Psol. Veem que há um movimento de uma maioria incontestável em favor de mais verbas pro fundo eleitoral, e assim, mesmo sendo minoria, de forma profundamente demagógica fazem discursos moralistas mas são os primeiros estarem ávidos pelos recursos, tanto quanto os demais, levando em conta que os gastos com eleições no Brasil excedem em muito o valor do fundo eleitoral. 

O fato é que no Brasil vivemos numa democracia, sistema político que se organiza através da representação do poder delegado que acontece na maioria quase absoluta das vezes por meio de eleições onde através do voto do cidadão escolhe-se personalidades que representarão os diversos  setores da sociedade nas variadas esferas dos poderes. Esse processo de escolha demanda recursos para torna-lo operacional. 

Numa democracia como a nossa, a sociedade, em suas variantes, se organiza para fazer valer seus interesses e satisfazer suas necessidades. Alguns setores da sociedade têm recursos e apoio de grandes empresas. Outros setores não possuem recursos e nem mesmo financiadores para fazer doações; assim o fundo eleitoral é uma forma de tentar equilibrar essa situação numa campanha eleitoral. Mas daí tirar dinheiro da educação, saúde e desenvolvimento regional para bancar eleições é outra conversa. Entretanto nem por isso vou concordar com Kajuru falando como político, eleito com dinheiro publico e sustentado pelo mesmo dinheiro, isso quer dizer que ele faz uso dos esquemas do sistema, mas de forma cafajeste e falso moralista se põe contra, esse sim é inimigo do Brasil.

Na verdade  Kajuru daria muito mais contribuição tanto ao debate quanto a apresentação  sugestões de ideias para  encontrar formas de financiamento de campanhas eleitorais  sem que se use verba publica,  mas que por outro lado também não permita que a força do poder econômico influencie no resultado final de uma eleição. Mas esse tipo de debate não interessa as pessoas como Kajuru,  que é o tipo sujeito que se aproveitou da sua popularidade,  construída justamente em cima desse discurso canalha de falso moralismo,  para se eleger não para cumprir um compromisso com algum setor, mas apenas para ter por um bom tempo um emprego onde ele não faz nada para ganhar muito bem.

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