O QUANTA E O ESPÍRITO

A teoria da relatividade, a massa do pensamento e a forma do espírito

A matéria é quantizada, portanto,
a solidificação da matéria é apenas
um estado transitório
desse Fluido Quântico Universal.

IVAN FIGUEIREDO




A quantização da gravidade, obtida no artigo “Mathematical Foundations of the Relativistic Theory of Quantum Gravity”, teve muitas conseqüências importantes, entre elas, a demonstração de que a matéria também é quantizada, e que existe um quantum elementar de matéria, indivisível, portanto, a massa da menor partícula de matéria. Isto significa que, no Universo não existem partículas com massas menores do que esta, e que qualquer corpo é formado por um número inteiro dessas partículas (quantização).

Existe uma longínqua região no nosso Universo, além da qual nada se pode enxergar ou detectar daqui de onde estamos, por mais que aperfeiçoemos nossos instrumentos. Não se trata de uma barreira física, mas de uma distância, além da qual a radiação lá emitida (inclusive a luz) ainda não teve tempo de chegar até nós, e portanto não podemos observar o que existe além dessa distância. Calcula-se que esta última fronteira observável do nosso universo está agora, devido a expansão do Universo, à aproximadamente 20 bilhões de anos-luz de distância. Assim, tudo que está aquém dessa distancia constitui o chamado Universo Observável.

Sabe-se que a massa inercial do Universo Observável é conhecida, e que o volume do Universo Observável pode ser expresso pela constante de Hubble. Sabemos da Cosmologia que se a densidade total de matéria no Universo for maior do que a densidade critica, a curvatura do espaço no nosso universo será positiva, o que significa que ele é fechado. Obviamente, a existência do Fluido Quântico Universal aponta para esta possibilidade, visto que o cálculo da densidade média de matéria no espaço, sem considerar a contribuição do Fluido Quântico Universal, é da ordem de 5 x 10 -²7 kgm-³ , segundo dados atuais da Astronomia. A densidade deste Fluido Quântico Universal é claramente não uniforme ao longo do Universo, visto que ele pode ser fortemente comprimido em diversas regiões (galáxias, estrelas, buracos-negros, planetas, etc.). No estado normal (espaço livre), o mencionado fluido é invisível. Contudo, em estado supercomprimido, ele pode se tornar visível dando origem à matéria conhecida, visto que a matéria é quantizada e, conseqüentemente, formada por um numero inteiro de quanta elementares de matéria com massa. Portanto, a solidificação da matéria é apenas um estado transitório desse Fluido Quântico Universal, que pode voltar ao estado primitivo quando desaparecerem as condições de coesão.

Em resumo, se não existissem os quanta elementares de matéria, que formam o Fluido Quântico Universal, não apenas a matéria estaria em perpétuo estado de fragmentação como também nunca adquiriria as propriedades gravitacionais que possui. Pode-se mostrar facilmente que a deformação produzida num fluido é diretamente proporcional à força nele aplicado, e inversamente proporcional à densidade do fluido. Assim, quanto menor a densidade do fluido menor a intensidade da força requerida para deformá-lo. Isto significa que o Fluido Quântico Universal, com sua densidade ultra-baixa, pode ser facilmente deformado (ou moldado) por forças muito sutis, como por exemplo, as produzidas por fluxos de radiações eletromagnéticas.

A radiação psíquica pela sua própria natureza é a expressão eletromagnética do corpo psíquico que lhe deu origem. Assim, não se trata de simples ondas eletromagnéticas, mas de ondas eletromagnéticas portadoras, moduladas por sinais moduladores que expressam eletromagneticamente o conteúdo do corpo psíquico do qual provém. Portanto, no caso específico de pensamentos, os sinais moduladores são a própria expressão eletromagnética dos pensamentos. Assim, como o Fluido Universal pode ser facilmente afetado por forças produzidas por fluxos de radiações eletromagnéticas, conforme já vimos, podemos concluir que as radiações psíquicas podem moldar ou plasmar seu conteúdo no Fluido Quântico Universal. Decorre daí, que o Fluido Quântico Universal pode adquirir características relacionadas às qualidades morais da consciência que o manipula. Assim, podemos concluir que, em torno dos planetas, o Fluido Quântico Universal deve apresentar-se modificado pela atividade psíquica dos seus habitantes, formando uma atmosfera psíquica caracterizada pelo nível evolutivo dos habitantes do planeta. Desse modo, as atmosferas psíquicas dos mundos primitivos devem apresentar características muito diferentes das atmosferas psíquicas dos mundos mais evoluídos.

Por analogia aos corpos materiais, cujos espectros de emissão são idênticas aos de absorção, também os corpos psíquicos devem absorver nos espectros que emitem. No caso das consciências humanas, seus pensamentos fazem com que elas se tornem emissoras de radiações psíquicas em determinados espectros de freqüência e, conseqüentemente, receptoras nos mesmos espectros. Assim, quando por seus pensamentos uma consciência humana tornar-se receptiva num determinado espectro de frequências, radiações desse espectro proveniente de outras consciências poderão ser absorvidas pela consciência (absorção por ressonância). Nestas circunstâncias, a radiação absorvida deve estimular - pelo Princípio de Ressonância - a citada consciência a emitir em igual espectro, tal como acontece com a matéria. Entretanto, para que possa ocorrer esta emissão numa consciência humana, ela deve ser precedida pela individualização de pensamentos idênticos ao que originou a radiação absorvida, pois, evidentemente, somente pensamentos idênticos ao colapsarem, poderão reproduzir o espectro de radiações psíquicas "virtuais" absorvido. Estes pensamentos induzidos - tal como os pensamentos das próprias consciências, devem permanecer individualizados por certo período de tempo (tempo de vida do pensamento) ao fim do qual sua função de onda colapsará, produzindo a radiação psíquica “virtual” no mesmo espectro de frequências absorvido.

Convém observarmos ainda, que sendo os pensamentos corpos psíquicos, eles interagem com outras consciências, atraindo aquelas com afinidade mútua positiva e repelindo aquelas com afinidade mútua negativa. Assim, no caso de pensamentos maléficos, eles atrairão consciências semelhantes e repelirão as demais. Devemos observar, no entanto, que nossos pensamentos não se limitam apenas a prejudicar ou beneficiar a nós próprios, pois eles, como já vimos, podem também induzir pensamentos semelhantes em outras consciências - afetando-as, portanto. Neste caso, é importante observarmos que a radiação psíquica produzida pelos pensamentos induzidos pode retornar à consciência que produziu inicialmente o pensamento de má qualidade, induzindo nela outros pensamentos semelhantes, o que, evidentemente ocasiona mais perda de energia psíquica na referida consciência. O fato de nossos pensamentos não se restringirem a influenciar a nós próprios, é altamente relevante, porque nos leva a compreender que temos uma grande responsabilidade para com os outros, com relação ao que pensamos.

A maioria dos leitores, quando estudou matemática elementar, tomou conhecimento dos chamados números imaginários ou complexos. Assim como existem os números reais e os números imaginários, existe também o espaço-tempo real e o espaço-tempo imaginário. No artigo “Mathematical Foundations of the Relativistic Theory of Quantum Gravity”, mostra-se que o primeiro contém o nosso Universo real, o segundo o Universo imaginário. Também vimos como é possível efetuar uma transição para o Universo imaginário. Basta que a massa gravitacional do corpo seja reduzida para a faixa + 0.159 Mi a - 0.159 Mi. Nestas circunstâncias, suas massa gravitacional e inercial se tornam imaginárias e, portanto, o corpo se torna imaginário. Conseqüentemente, o corpo desaparece do nosso espaço-tempo ordinário e ressurge no espaço-tempo imaginário como corpo imaginário. Em outras palavras, ela torna-se invisível para quem está no Universo real.

Quando um observador adentra o Universo imaginário o que ele vê? Luz, corpos, planetas, estrelas etc., tudo formado por fótons, átomos, prótons, nêutrons e elétrons imaginários. Ou seja, o observador encontrará um Universo semelhante ao nosso, só que formado por partículas com massas imaginárias. O termo imaginário advindo da matemática, conforme já vimos, dá a falsa impressão de que estas massas não existem. Para evitar este mal entendido, pesquisamos a verdadeira natureza desse novo tipo de massa e matéria. A existência de massa imaginária associada ao neutrino é bem conhecida. Embora sua massa imaginária não seja fisicamente observável, seu quadrado é. Experimentalmente, verificou-se que esta quantidade é negativa. No artigo “Mathematical Foundations of the Relativistic Theory of Quantum Gravity”, mostra-se que existem massas imaginárias associadas aos fótons, elétrons, nêutrons e prótons, e que essas massas imaginárias teriam propriedades psíquicas (capacidade elementar de “escolha”). Assim, a verdadeira natureza desse novo tipo de massa e matéria seria psíquica; energia imaginária é energia psíquica.

Por definição as consciências, os pensamento etc., são corpos psíquicos, energia psíquica localmente concentrada. No mundo material, não conseguimos distinguir a forma dos pensamentos provavelmente porque a densidade de energia psíquica concentrada é tão baixa que equivaleria a um fluido com densidade muito menor que as densidades dos gases. Sabemos que só conseguimos ver um corpo se a luz emitida por ele puder ser detectada pelos nossos olhos. Os sólidos e líquidos, de modo geral refletem bem a luz e isto os torna bem visíveis. Já os gases, apenas são visíveis em estado de alta densidade, como no caso das nuvens. Em estado de baixa densidade, como o vento, tornam-se invisíveis, porque, praticamente, não refletem os raios de luz. No caso dos pensamentos, cuja densidade equivaleria a um fluido com densidade muito menor que as densidades dos gases, também não conseguimos distinguir sua forma. O mesmo ocorre no caso dos Espíritos. Desse modo, torna-se muito difícil para nós vermos as formas dos Espíritos. Porém, como a concentração de energia nos espíritos é maior do que nos pensamentos é possível que possamos perceber vestígios de suas formas em certas circunstâncias. Isto corresponderia então à visão de vultos, clarões etc. Assim, a visão perfeita das formas dos Espíritos provavelmente só seria possível para um observador do mundo psíquico ou espiritual. No que concerne a ubiquidade dos Espíritos, precisamos utilizar a Física Quântica para melhor compreendê-la. Partimos, então, do Princípio de Incerteza, na forma obtida por Werner Heisenberg em 1927.

De acordo com esta expressão do princípio de incerteza, um evento no qual uma quantidade de energia não se conserva, não é proibido, desde que a duração do evento não seja superior ao tempo de transição. Isto significa, portanto, que podem ocorrer variações de energia num sistema, que mesmo em princípio seja impossível determiná-las. Isto significa, portanto, que quanta das mentes conscientes, subconsciente e inconsciente das consciências humanas (espíritos encarnados) podem realizar "saídas temporárias" sem contudo deixá-las efetivamente. Essas transições virtuais equivalem a transições virtuais das próprias mentes onde os quanta se originam, visto que estes, ao serem individualizados formam condensados de Bose-Einstein com a respectiva mente e, portanto, compartilham de todo o conhecimento e atributos pertinentes a ela. Durante pseudo-mortes clínicas; projeções, etc., as pessoas afirmam, posteriormente, que "viram" a si próprias fora do corpo, numa indicação clara de transições virtuais originárias do consciente e subconsciente. Nos sonhos, além de transições desse tipo há também indicações de transições do inconsciente.

De acordo com a Teoria Quântica da Interação Eletromagnética de Feynman, nenhuma energia é gasta nas transições virtuais e, pode ocorrer qualquer que seja a distância. E mais, como facilmente se conclui do princípio de incerteza, um mesmo quantum pode realizar várias transições virtuais simultaneamente. Tudo depende da rapidez com que ele efetua as transições. Conseqüentemente, por este processo, os quanta de uma consciência humana, ou ela toda, poderão ir simultaneamente a vários lugares. Conclui-se, portanto que um Espírito pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. Mas bem entendido não se trata de uma divisão do Espírito, mas dele mesmo presente simultaneamente em vários lugares.

Assim como a Consciência Humana comanda movimentos do corpo humano, ela pode também, por analogia, comandar os movimentos do Perispírito que, como sabemos, é parte integrante do Espírito. Comandar os movimentos do Perispírito significa basicamente poder modificar convenientemente sua forma. Desse modo, a Consciência estaria apta inclusive para reduzir a espessura do Perispírito, diminuindo seu volume.

Sabemos que a rigidez de uma substância é tanto maior quanto sua densidade de massa. Assim, em condições normais de temperatura e pressão, os gases têm menos rigidez que os líquidos e estes menos rigidez que os sólidos. Contudo, a rigidez também depende da velocidade da substância. Assim, um gás ou um líquido, em alta velocidade pode ter maior rigidez que um sólido. A rigidez não é só uma qualidade inerente aos corpos materiais, ela também define de modo análogo, a resistência à deflexão ou deformação dos corpos psíquicos. Neste caso, ela está correlacionada diretamente à densidade de massa psíquica do corpo psíquico e a velocidade deste, tal como no caso material. Assim, um corpo psíquico pode adquirir uma rigidez equivalente a dos sólidos quando sua densidade de massa psíquica for da ordem de grandeza da densidade de massa dos sólidos. Nestas circunstâncias, do ponto de vista do conceito sensório, o Perispírito poderia ser imprecisamente considerado como matéria, visto que ele adquire propriedades similares às da matéria, e isto, obviamente, inclui a capacidade de refletir os raios luminosos reais. Assim, o Perispírito, que é invisível em seu estado normal, pode tornar-se momentaneamente visível quando sua densidade for suficientemente incrementada. Explica-se, assim, o fenômeno das aparições.

Assim, o Perispírito pode adquirir rigidez suficiente para que o Espírito possa agir na matéria através dele, causando fenômenos físicos passíveis de serem detectados. Explica-se assim a interação dos Espíritos com a matéria, e fica fácil entender como ele pode interagir com os órgãos do corpo humano e também com a matéria do ambiente externo ao corpo. Como por exemplo, puxar ou empurrar algum objeto.

A vida cotidiana levou a humanidade a suspeitar da existência de consciências associadas aos corpos humanos. De modo geral, a maioria das pessoas atribui algum tipo de psique associada a animais. Grande parte dos biólogos também concorda que organismos mais simples como a ameba e a anêmona-do-mar são dotadas de psiquismo. A idéia de psique associada à matéria remonta aos tempos pré-socráticos e é comumente denominada de pampsiquismo. Vestígios de pampsiquismo organizado podem ser encontrados no Uno de Parmênides ou no Fluxo Divino de Heráclito. Os sábios da escola de Mileto, eram chamados hilozoistas, ou seja "aqueles que acreditam que a matéria é viva" . Mais recentemente, vamos encontrar o pensamento pampsiquista em Spinoza, Whitehead e Teilhard de Chardin, dentre outros. Este último admitia a existência de propriedades proto-conscientes ao nível das partículas elementares.

A crença na reencarnação é milenar e bastante difundida, apesar de ainda não ter sido reconhecida cientificamente, em virtude de sua probabilidade antecedente ser muito pequena. Ou seja, é pequena a quantidade de dados que contribuem para sua comprovação. Isto, entretanto, não significa que o fenômeno não seja verdadeiro, mas apenas que há necessidade de considerável quantidade de experimentos para estabelecer um grau significativo de probabilidade antecedente. Recentemente, diversos psicoterapeutas têm relatado que por meio da regressão (TVP) alguns pacientes ao regredirem no seu tempo histórico chegam a descrever acontecimentos vividos por eles antes de seus próprios nascimentos. A reencarnação foi exposta com considerável sofisticação no hinduísmo dos Vedas e dos Upanishades. Também constituiu parte intrínseca dos ensinamentos de Pitágoras e de vários outros filósofos gregos, sendo, naqueles tempos, ensinada regularmente em todas as escolas. Entretanto, Platão e os discípulos de Pitágoras acreditavam que os espíritos ímpios reencarnavam em animais considerados "desprezíveis".

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