Professores atuais cujas origens sociais
contém a gêneses das distorções
hereditárias são problemas a serem
solucionados para boa educação futura
WALQUER CARNEIRO
Hoje é unanimidade nacional a deficiência profunda que grassa no sistema educacional brasileiro, e por isso é que a reformulação e investimentos na educação é uma das principais bandeiras levantadas nas manifestações que estão acontecendo no Brasil.
Em 90% dos municípios a gestão da educação pública é preocupantemente precária, pois secretários de educação sofrem de profunda deficiência que levam a dificuldade de entendimento dos reais problemas a serem solucionados para a melhoria da educação. Essa precariedade de gestão é causada por fatores cujas raízes estão no passado, como veremos a seguir.
Sendo a educação, a nível nacional, a mãe de todos os males consequentemente Dom Eliseu é afetado por essa situação atingindo, evidentemente, os estudantes a partir dos professores, esses que são produtos deste sistema inepto.
A mais de quarenta anos que o Brasil tenta um avanço substancial na educação, mas a cada dia que passa a situação piora mais, e isso é preocupante, pois os professores de hoje são frutos de decisões tomadas no passado refletindo no que se vê atualmente, a exemplo da condição atual dos estudantes das escolas públicas municipais que chegam ao primeiro ano do ensino médio de Dom Eliseu em condições educacionalmente lastimáveis.
A partir da metade dos anos quarenta a elite brasileira resolveu que seria necessário universalizar a educação pública para se livrar da dependência do proletário, mas o aumento repentino da demanda por professores, a partir daí, fez com que pessoas sem o devido preparo e qualificação passassem a instruir a nova geração, que, recebendo instrução inadequada formaram grupos que depois foram as salas de aulas e formaram novas turmas desaguando no que vemos hoje no sistema educacional municipal que envia estudantes totalmente despreparados para o ensino médio.
Um exemplo de distorção que forma gargalos na educação em Dom Eliseu é uma deficiência no desenvolvimento de tarefas entre educadores com reflexo negativo direto no interior da sala de aulas atingindo os estudantes.
Hoje a dinâmica das atividades docentes dentro da escola divide-se em dois setores: os professores efetivos em sala de aulas e os coordenadores pedagógicos. Os dois têm que trabalhar em sintonia para que haja um ganho substancial no ensino aprendizado, mas, infelizmente existe conflito entre as duas funções que levam dificuldades para o avanço educacional no município.
O coordenador pedagógico assume uma função mais técnica, pois quando o professor, dentro da sala de aula detecta que determinados alunos apresentam dificuldades de aprendizado o professor informa ao coordenador pedagógico que tem a obrigação de elaborar um projeto criando um forma de possibilitar que as dificuldades dos alunos sejam sanadas, mas em grande parte dos casos o coordenador pedagógico devolve os alunos ao professor da mesma forma que recebeu.
O fruto da deficiência na gestão educacional em Dom Eliseu é visto em dois aspectos: dificuldade de comando, na pessoa do secretário de educação, para harmonizar as tarefas de professores e coordenadores pedagógicos e, a conseqüência disso, o baixíssimo rendimento dos alunos nas séries finais. Esse último aspecto foi constatado pela direção da escola de ensino médio de Dom Eliseu.
A Escola de Ensino Médio Luiz Gualberto Pimentel de Dom Eliseu está preparando um projeto educacional para testar o nível dos estudantes secundaristas do município, e para isso realizou provas de avaliação com 800 estudantes do primeiro ano oriundo dos sistema educacional básico municipal, e para a surpresa da direção da escola 98% dos estudantes que fizeram as provas não conseguiram responde sequer uma questão de forma correta. Apenas dois estudantes conseguiram alcançar nota dois.
Em toda a História do Brasil, só teve um momento em que a educação prestou. Mesmo tendo atravancado outros setores, as escolas eram referências... na época da Ditadura. Temos que aprender com o que deu certo e melhorar, mas ai tiram tudo. Hoje quem sabe cantar o Hino Nacional?
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