Produtores agrícolas de grãos estão sofrendo
com a ação do Ibama e a não comprovação
de propriedade está dificultando a
liberação ambiental para atividade rural
WALQUER CARNEIRO
liberação ambiental para atividade rural
WALQUER CARNEIRO
No dia 5, segunda-feira um grupo de pessoas reuniram-se para discutir a questão da intensificação da fiscalização do Ibama no Município de Dom Eliseu. Na reunião foi registrada a presença de 30 pessoas entre agricultores, reflorestadores e empresários que atuam no setor de extrativismo vegetal, além de comerciantes.
O município de Dom Eliseu está passando por uma fase de grave crise econômica devido ao embargo sofrido pela operação arco de fogo que proibiu todas as atividades produtivas que pusesse em risco o meio ambiente, pois mais de 60% da cobertura florestal do município foi retirada2333.
Para sair do embargo o município assumiu o compromisso de cumprir algumas condições como desmatamento zero e executar o cadastramento ambiental rural em mais de 80% das propriedades, além de que foi assumido o compromisso de se efetivar a regularização fundiária nas propriedades rurais para garantir títulos de propriedade.
A intensificação da fiscalização do Ibama se deu por que o sistema de monitoramento via satélite do Ibama detectou um índice anormal de desmatamento no território municipal, além de pontos de queimadas, e isso caracterizou o descumprimento de alguns itens do termo de ajustamento de conduta.
O tema abordado no encontro foi em relação às formas de contornar a situação que põe em risco a safra 2012/2013, e toda a atividade florestal que garante emprego e renda na região, já que há muita dificuldade em se conseguir a liberação ambiental para as áreas produtoras de grãos, de reflorestamento e pecuária. Essa dificuldade é causada justamente por que a maioria dos produtores não possuem titulo de propriedade, hoje menos de 40% das propriedades rurais são tituladas. O documento que é concedido pelo Incra, mas diversos produtores de grãos não estão conseguindo acesso ao documento.
Os proprietários também manifestaram que mesmo de posse do CCIR - Certificado de Cadastro do Imóvel Rural não é fácil obter o título de propriedade, pois, segundo relatos, há uma burocracia absurda que grassa no Incra e na Sema. Em tese o CCIR facilitaria a emissão do título da propriedade, mas os produtores declaram que não é bem assim, e que nos últimos meses está havendo dificuldades para se conseguir este documento.
De acordo com as normas do Termo de Ajustamento de Conduta toda a produção rural no município tem que ser feita de forma sustentável, todavia a classe produtora de grãos ainda não se preparou para atuar de acordo com as normas de sustentabilidade ambiental, e por isso foi aventado a possibilidade de propor às autoridades ambientais um prazo para transição.
Parabêns pela matéria Walquer, este é um assunto que deveria ser do interesse de todo cidadão local pois afeta a já abalada economia do município, mas infelizmente a maioria do nosso povo ainda vive no mundo da lua, sem consciência e visão da realidade. Este momento precisa de uma liderança política local comprometida com o bem estar do nosso município. Cadê?
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