Os Estados Unidos como império
chegou ao fim, pois a globalização
impõe novos parâmetros para
a convivência da civilização ocidental
WALQUER CARNEIRO
Com a crise dos subprimes nos Estados Unidos deu-se inicio a um colapso do sistema financeiro mundial, e o mais incrível é que os subprimes são basicamente empréstimos financeiros de alto risco, que, em sua maioria foram, direcionados para financiar casa própria à população de classe média norte americana. Só que tem um detalhe, o dinheiro para tal empreitada, que se iniciou na década de 50, não saiu dos cofres públicos daquele país, mas sim das mãos de agiotas do sistema financeiro internacional, principalmente dos bancos europeus. O grande perigo, que muitos não conseguiram vislumbrar, é que todo o plano de proporcionar moradia para a classe média Americana foi totalmente montado de acordo com as regras do sistema econômico e financeiro capitalista, que trabalha em cima de acúmulo de lucro fazendo com que o valor da moradia aumentasse a cada ano, além de que as pessoas que fizeram o financiamento não davam garantias de possuir renda suficiente para honrar com o compromisso de saldar a dívida.
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Enquanto a economia norte americana se mantinha em alta e dependente dos países europeus e esses da economia norte americana, e ambos explorando a capacidade de consumo de produtos Americanos e Europeus pelos povos da América Latina e África tudo ia bem para os felizes proprietários de moradias dos Estados Unidos, todavia dois fatores levaram ao colapso do sistema de financiamento, primeiro os países da América Latina, liderados pelo Brasil começaram a fortalecer seus sistemas produtivos de bens e serviços e fazer investimentos em ciências e tecnologia e, segundo, ao mesmo tempo que buscaram parcerias comerciais com a China e passaram a investir na capacidade de consumo dos países africanos.
Esses dois fatores foram decisivos para romper a dependência que os países Latinos Americanos e Africanos tinham dos Estados Unidos e com países da Europa. Além do mais há um terceiro fator que contribuiu para a crise do sistema financeiro americano e europeus que foi a formação do Mercado Comum Europeu que contribuiu para causar alta taxa de inadimplência das hipotecas de financiamento habitacional americano, cujos recursos foram captados, em grande parte, dos bancos europeus, e com a unificação econômica criou-se uma dificuldade para controle da economia mundial, pois, até então todo o sistema econômico e financeiro eram regidos por regras impostas pelos países da Europa e Estados Unidos e o volume de dinheiro direcionado para bancar o sistema habitacional americano era proporcionado pela exploração econômica efetuada nos países Latinos Americanos e Africanos, e o volume de exploração era tão grande que quando o eixo da dependência foi quebrado o resultado foi a crise que os Estados unidos e Europa estão vivendo, que, apesar de ser mundial, não está afetando o Brasil porque criamos o Mercosul – Mercado Comum do Cone Sul – que manteve firme a economia desta região do Planeta, pois os governantes dos países mais influentes do cone sul decidiram pelo sistema de governo socialista que tem caráter distributivo e não acumulativo.
Mesmo sem o reconhecimento das lideranças Norte Americanas para o crescente protagonismo do Brasil nas questões internacionais a Europa sabe muito bem que sempre existiu uma forte dependência do velho mundo dos recursos naturais contidos na América do Sul, e em maior quantidade no Brasil que é o país de maior extensão territorial da região. Então, em resumo, a sobrevivência da civilização ocidental depende da sobrevivência do Brasil como nação soberana, e as lideranças européias sabem disso e as lideranças Norte Americanas, em sua soberba, fingem ignorar.
Tudo isso que eu escrevi ai em cima foi simplesmente para remeter, vocês leitores, a uma matéria muito interessante (clique AQUI para ler) que aponta, de certa forma, para a reversão dos fatores que induzem a geopolítica e a geoeconomia. Nesta matéria é feita a análise, justamente, da capacidade do Brasil em colaborar para que seja amenizada a crise econômica mundial que foi gerada por barbeiragem dos políticos Norte Americanos, que se recusam a reconhecer nos fóruns internacionais a sua responsabilidade na instabilidade do sistema.
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