Os serviços de telefonia móvel
em Dom Eliseu é um dos piores
da região e o descaso está será
contestado pela população.
WALQUER CARNEIRO
Em Dom Eliseu, como em qualquer lugar do Brasil o telefone se transformou em uma ferramenta essencial como sustentação do modo de vida contemporânea, fazendo com que as pessoas praticamente se tornem dependente desta tecnologia que saiu de dentro de casa para acompanhar os indivíduos por onde ele for, mas a resposta ao usuário não está tendo o efeito esperado e por isso está sendo articulada no município uma grande mobilização para exigir que as operadoras de telefonia cumpram com suas obrigações.
De acordo com estimativas da Telecom Brasil o estado do Pará conta com cerca de 4.200 milhões de telefones móveis, cerca de 56% da população, e 1.500 milhão de fixos, cerca de 23,6 dos domicílios, todavia em Dom Eliseu o telefone celular está em vias de se tornar um motivo de transtorno para os usuários por culpa do péssimo serviço que as operadoras de telefonia móvel e fixa oferecem para a população.
Num município com 51.132 habitantes três empresas operam a telefonia: Tim, Vivo e Oi, atendendo cerca de 20 mil aparelhos , sendo que cerca de 5 mil são aparelhos utilizados no trabalho do dia a dia. Do total de aparelhos cerca de 80% utilizam os serviços da Tim.
Telefone celular subentende agilidade, uma resposta rápida no contato, seja por voz, texto ou imagem, mas o serviço não atende a essas necessidades assim a população cansada de reclamar em vão no atendimento ao consumidor das operadoras buscou ajuda dos vereadores.
No início de 2011 a câmara de vereadores enviou ofícios às empresas de telefonia solicitando a regularização dos serviços e a humanização do atendimento, ocasião em que os serviços passaram de ruins para regulares, mas partir de setembro do mesmo ano a situação tornou a piorar chegando ás raias do insuportável, como relata Barnabé de Freitas, empresário do setor vendas e serviços de refrigeração que vem tendo prejuízos por causa da precariedade dos serviços de telefonia móvel. “Imagina só eu tentar ligar para um cliente, ou fornecedor e a operadora diz que o número não existe. Assim a operadora em vez de me trazer benefícios está me dando prejuízo”, desabafou o empresário lembrando que já passou por constrangimentos com clientes que ligam para ele de outras localidades e recebem mensagem de erro na conexão. “Todas as operadoras em Dom Eliseu são uma negação. Não satisfazem a necessidade do consumidor”, finalizou Freitas.
Diante de situações como essa foi tomada a iniciativa de mobilizar a população e organizar uma ação civil pública, através de um ofício elaborado pelo vereador Jefferson Deprá, aprovado em plenário na última terça-feira, com a proposta de um requerimento assinado com a maior quantidade possível de moradores de Dom Eliseu .“A intenção é provocar o ministério público para que o judiciário tome as medidas necessárias obrigando as empresas a cumprirem suas obrigações”, esclareceu o vereador para quem o abaixo assinado vai mostrar à justiça a necessidade de acionar judicialmente as empresas.
Francisco Antonio Rodrigues, micro empresário do ramo de alfaiataria, morador na Rua Aracajú, Bairro Planalto também está encontrando barreiras para resolver problema relativo ao telefone fixo da operadora Oi instalado em sua casa. “Há dois meses estou tentando cancelar a assinatura da minha linha, mas não estou conseguindo. Quando ligo para a central de atendimento apenas uma gravação fala comigo”, contou Francisco que há dois anos adquiriu a linha, mas resolveu cancelar porque não vê necessidade. “Isso não é justo, a empresa está querendo me obrigar a ficar com um produto do qual eu não preciso”, disse.
O vereador Genilson Cavalcante compartilha da iniciativa do vereador Jefferson Depra, e acredita que o abaixo assinado pode garantir legitimidade na reivindicação, pois a participação da população é importante para motivar a justiça e exigir compromisso das operadoras. “Nós pegamos pelos serviços prestados por essas empresas e porém não temos um serviço de boa qualidade, e para conseguir completar uma ligação é um Deus nos acuda”, disse o Genilson.
Agora os vereadores correrão a cidade e os distritos com os livros de assinaturas conclamando a população e aderir ao movimento, e de acordo com Jefferson Deprá serão utilizados também os serviços de três mototaxistas que percorrerão localidades na zona rural nas proximidades da sede do município levando a proposta do abaixo assinado.
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