JEFFERSON DEPRÁ RENUNCIA

Por motivos pessoais vereador entrega cargo 

Vereador Buduia é o novo presidente 
da câmara, mas Antonio Silva 
não se agradou da forma que 
foi formada a nova mesa diretora 

WALQUER CARNEIRO


Na terça-feira (28) o público que participava da reunião ordinária de vereadores de Dom Eliseu se surpreendeu com comunicado feito pelo vereador Jefferson Deprá (PMDB) presidente da mesa diretora da câmara de vereadores. Ele informou que estava renunciando ao cargo de presidente da mesa diretora do parlamento municipal.

A intenção de renúncia do vereador já estava sendo ventilada desde o mês de janeiro, quando Jefferson se afastou do cargo passando a responsabilidade ao primeiro secretário da mesa diretora, Givanildo Alves (PMDB), e com a câmara em recesso não foi possível oficializar o processo de renúncia e posse dos novos membros.

Deprá disse que o seu afastamento aconteceu por questões estritamente pessoal e de ordem prática, já que como empresário ele está transferindo sua atuação para outra região. “Essa mudança requer que eu disponha de um pouco mais de tempo para coordenar essa transição e o cargo de presidente da câmara requer muita atenção de minha parte”, explicou ele afirmando que a decisão não tem nada a ver com alguma contrariedade no parlamento. “Eu continuo como vereador e vou concluir meu mandato”, disse.

A decisão foi aceita por todos os vereadores, mas alguns vereadores, curiosamente do próprio partido do Deprá, não ficaram satisfeitos com a forma que foi composta a nova mesa e empossado seus componentes, que agora conta com o vereador Givanildo Alves como presidente, Genilson Cavalcante(DEM) como primeiro secretário e o vereador Daniel Andrade (PT) como segundo secretário. No entender do vereador Antonio Silva (PMDB), por exemplo, haveria de ser convocada uma nova eleição para a escolha de novos nomes.

Outro motivo do aborrecimento do vereador é que existe uma contradição entre o regimento interno da câmara e a lei orgânica municipal referente ao processo de composição da mesa em caso de vacância do cargo de presidente. O regimento diz que as vagas serão preenchidas por indicação e a lei orgânica fala que é necessária uma nova eleição.

Para o vereador Antonio Silva todas as normas municipais têm que se submeter a lei maior municipal que é a lei orgânica “Pela lógica teria que haver outra eleição, pois o regimento interno não deve ser contraditório, sendo apenas uma sombra da lei orgânica a qual ele deve se harmonizar”, justificou ele afirmando que já está trabalhando para que seja anulada a composição da mesa e realizada a eleição para escolha dos membros da mesa diretora.

Antonio Silva também tem o apoio da vereadora Cinélia Maria Amorim (PMDB) que igualmente não ficou satisfeita com o processo de formação da nova mesa diretora. “Apesar de dois dos membros da mesa terem sidos eleitos em 2011, o terceiro não tem legitimidade”, disse a vereadora referindo-se ao vereador Daniel que foi indicado para a vaga de segundo secretário.

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