OS DEUSES ESTÃO VIVOS

A massa bestificada se submete à televisão
A televisão, hoje, cumpre o
papel de deus e determina o
comportamento das massas
em beneficio de uma minoria

WALQUER CARNEIRO


Desde os tempos mais antigos as pessoas que ocupam o poder procuram criar  estratégias para manter o povo quieto e manso, sem questionar  porque um ser humano tem  que ser tratado com privilégios negados  para a  grande  maioria, e ainda mais, a essa maioria é dada a obrigação de financiar a manutenção deste indivíduo no poder.
É impressionante como milhares de pessoas se submetem a vontade de uma pessoa que muitas vezes não corresponde às necessidades da maioria. Assim é a política,  que parece exercer um efeito de hipnotismo nas pessoas que se submetem aos políticos como boi que vai para o matadouro. 

Na antiguidade uma das estratégias para convencer um povo a ser submisso aos grupos políticos era a força bruta. Indivíduos mais fortes se juntavam e submetiam os mais fracos à sua vontade. Quando essa estratégia começou a não dar mais resultado, inventou-se a divinização do ser humano, onde  fulano teria direitos a privilégios mais do os outros porque  que tal pessoa era portadora de poderes sobrenaturais e intitulava-se um deus. Essa estratégia deu certo por um bom tempo,  tanto que até o meado do século XX o Japão era governado por um “deus”.

Ainda hoje temos regiões do planeta sendo controladas pela força bruta, como em  certos países Africanos, e outras regiões, no oriente médio,  sendo controlado por grupos de  pessoas supostamente portadoras de mandato divino, em ambas as situações os regimes políticos causam a pobreza, opressão  com a submissão de muitos à minoria.
De qualquer forma, em todas as situações,  a massa sempre foi manipulada por um poder imaginário, uma ficção que lhe tolda a visão da realidade, isso quer dizer que a massa sem conhecimento é tendenciosa a crer em mentiras.


Hoje,  como antes,  o analfabetismo é a forma dos grupos políticos manterem as massas dóceis,   com a percepção de fraqueza física e espiritual, e em alguns casos acovardadas diante da demonstração de poder. Os meios de comunicação cumprem muito bem esse papel de condicionar os povos a uma situação de submissão e prostração.

Se a chave para a manutenção do poder nas eras pré tecnologia foi a força bruta e a divinização do ser humano, hoje, a usa-se outros tipos de forças, como a força da influência dos meios de comunicação, sem, no entanto,  abrir mão da divinização da comunicação eletrônica, como é o caso da televisão,   o que contribui para conservação do alto grau de analfabetismo funcional nos países sub desenvolvidos e emergentes, como  no Brasil, onde  essa realidade, com o uso da imagem ao vivo, via satélite instantânea,   é mais cruel e real do que nos tempos primitivos, pois as mentiras e demagogias contadas à massa são veiculadas de forma super rápida e cada vez mais com a aparência de verdade, enquanto, mais do nunca,   está sendo negado a maioria da população  o acesso ao conhecimento berdadeiro, e desta forma cria-se um enfraquecimento psicológico no inconsciente coletivo. O mais preocupante é que a massa de pessoas bestificadas crêem que realmente a televisão e a internet sejam deuses!

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