JOGADOS NA RUA

A mão que afaga é a mesma mão que joga pedras

No Brasil pessoas são
tratadas como coisas e quem 
deveria cuidar dos desamparados
jogam eles no olho da rua

WALQUER CARNEIRO

Num país onde as autoridades eleitas e governos formados por pessoas indicadas por essas mesmas autoridades  se envolvem em nebulosas maracutaias desviando dinheiro público em negociatas escabrosas entesourando riquezas que as traças irão comer,   não é de se admirar que 17 milhões de pessoas estejam vivendo em níveis sociais abaixo da linha da miséria,  e se vejam obrigadas a se submeterem à truculência de um sistema composto por autoridades que foram eleitas alardeando promessas , como se fosse verdade,  que quando elevadas ao poder resolveria os problemas da população.

Não é isso que vemos hoje nesse Brasil de céu cor de anil, pois em São Paulo grupos de famílias que ocuparam um imóvel foram postas no olho da rua, jogadas ao Deus dará,  sem o mínimo de compaixão dos homens engravatados que vêem essas pessoas apenas como números, e para esses hipócritas  o número que lhes agrada é os das notas de dinheiro transformadas em cifrões em suas contas bancárias.

Aonde as autoridades deveriam ver mães, pais, crianças, avôs, avós, famílias,  ironicamente eles enxergam apenas especulação imobiliária e interesses corporativos. Não há o menor resquício de compaixão por parte daqueles que deveriam cuidar do bem estar da população, mas ao contrário, o sistema procura jogá-los além da margem, bem no meio do precipício.

Nesta sexta-feira, em meio ao frio inverno do sudeste,  o governo,  que jurou cuidar dos desamparados,  mandou que a polícia fosse efetuar a desocupação do imóvel.


O fato foi registrado pelas lentes do fotógrafo Apu Gomes e relatado pela reportagem do Jornal Folha de São Paulo. Clique AQUI para saber mais.  

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